Política

Franciane Motta: uma prefeita em ação

Franciane Motta

Desde que assumiu a Prefeitura de Saquarema, em janeiro de 2009, a professora Franciane Motta, mãe de Yuri, esposa do deputado Paulo Melo, hoje presidente da Assembléia Legislativa, nunca deixou de ser a mesma cidadã saquaremense que todos conhecem. Filha de um pai trabalhador, o popular Motinha, comerciante local, que teve um açougue em Bacaxá, onde muitas vezes Franciane trabalhou para ajudar a família, ela sempre foi uma pessoa dedicada aos irmãos, Luciana e Gula, e à mãe Sônia, que ela adora.

Junto com o marido, trabalhou em inúmeras atividades sociais, atendendo os mais carentes e necessitados no município. Daí até chegar a assumir o cargo de secretária municipal de assistência social, no ano 2000, foi um passo que a levou, mais tarde a ser escolhida para vice- prefeita, em 2004, a primeira mulher a ocupar este cargo no município. Nesta condição teve uma atuação notável, como por exemplo o empenho em tirar do papel e criar o Conselho Municipal do Idoso, além de inaugurar o Centro de Convivência da Terceira Idade, em Itaúna.

Franciane também estimulou a criação de creches nos bairros e refeitórios nas escolas municipais, atuando ainda no campo da promoção de políticas públicas para as mulheres, entre outras atitudes que marcaram a sua discreta mas decisiva militância política.

Indicada para ser candidata a prefeita, em 2008, Franciane surpreendeu na campanha, com seu jeito delicado de ser que encantou famílias, jovens e, principalmente, crianças. No exercício do cargo executivo, imprimiu sua marca logo nos primeiros meses, ao reformar todos os banheiros do prédio da Prefeitura, para beneficiar os servidores, principalmente mulheres, e o atendimento ao público, fazendo mudanças também no seu gabinete e, em seguida, transferindo várias secretarias para novas instalações.

O asfalto no entorno da Lagoa era um desejo antigo que agora torna-se realidade, graças ao convênio entre a Prefeitura e o Governo do Estado.
O asfalto no entorno da Lagoa era um desejo antigo que agora torna-se realidade, graças ao convênio entre a Prefeitura e o Governo do Estado.
Entre suas obras mais visíveis estão o asfaltamento dos bairros Gravatá e Boqueirão, da Avenida Litorânea (do Boqueirão a Barra Nova), reforma na maioria das escolas municipais nos três distritos, criação do primeiro Programa de Educação Ambiental nas escolas do município, com coleta seletiva de lixo e captação de lixo eletrônico (pilhas, baterias de celular, lâmpadas fluorescentes), aparelhamento da Guarda Municipal e do Serviço Salvamar, reforma dos Postos de Saúde e da Policlínica, entre outras obras significativas e já concluídas.

Hoje, contabilizando uma trajetória de sucesso, a prefeita Franciane é uma mulher madura e com estilo. Com voz pausada e a elegância de sempre, demonstra desenvoltura para tratar qualquer tema da administração pública. Sem titubear, faz um balanço de suas ações, respondendo a todas as perguntas. E posa para as fotografias ao lado das bandeiras em seu gabinete, na Prefeitura, como uma moldura ideal para a atual fase de sua vida.

Dulce Tupy

O Saquá – Prefeita Franciane, a retirada dos quiosques da orla marítima já era esperada, mas recaiu sobre a sua administração…
Franciane Motta – Realmente é um problema antigo e que caiu nas minhas mãos para executar. Foi uma ação do Ministério Público Federal e a decisão do juiz, que a gente teve que acatar, foi cumprida. Todos os quiosqueiros e proprietários de concessão sabiam desse processo judicial. Estamos estudando agora uma forma de ajudar os quiosqueiros e a população em geral, incluindo os veranistas que curtem as nossas praias, com um novo projeto. Vamos encontrar a melhor forma de reurbanizar a orla de Saquarema.

O Saquá – Uma grande obra que está sendo feita é o asfaltamento do entorno da Lagoa, desde a Ponte do Girau, no bairro do Jardim até à Barreira, em Bacaxá…
FM – Esse é um grande sonho do deputado Paulo Melo e que, mais uma vez, ele conseguiu realizar através da parceria com o governo do Estado. A prefeitura é parceira nessa obra e entra com uma contrapartida. Todas as obras de asfalto no município têm uma contrapartida municipal. Essa obra vai desafogar o trânsito de Bacaxá, porque corta caminho pela Barreira. E é um passeio; passa por uma área ainda rural, bem nativa, com uma outra visão de Saquarema, da lagoa, da igreja, que vai acrescentar muito aos nossos munícipes e aos visitantes.

O Saquá – E a obra de construção das galerias nas ruas de Itaúna?
FM – O bairro de Itaúna sofreu ao longo dos anos com as construções. As pessoas não entendem que um valão não é simplesmente um valão; era um rio! Algumas pessoas não tiveram essa visão e construíram ao longo do tempo, desordenadamente. Com isso qualquer chuva mais intensa no bairro alaga as casas e torna-se um problema para a prefeitura. É um problema do governo? Com certeza é! Mas é também um problema de cada um, um problema de todos. Acredito que ninguém fez isso para atrapalhar; mas era um rio, com uma espessura de 60 cm mais ou menos e foi colocada uma manilha de 30 cm… Então precisa agora de uma manilha de 60 cm, para dar passagem à água. No ano passado a gente viu o horror do bairro ficar alagado, como também em Barra Nova. Essa obra da galeria é para solucionar o alagamento em Itaúna. É mais uma obra em parceria com o governo do Estado, onde o deputado Paulo Melo se empenhou muito, esperando que não haja mais alagamento nas casas das famílias.

O Saquá – E a praça na orla da lagoa, no centro de Saquarema, que era chamada de Praça do Nada e agora vai ser a Praça do Tudo?
FM – O projeto foi elaborado com carinho e a idéia é criar um espaço pra atividades, com foco no idoso. A praça ao lado do Clube Saquarema vai ter hidroginástica voltada para o público da terceira idade, mas será um espaço para os jovens também, além de deixar nossa cidade mais bonita.

O Saquá – Qual a previsão de inauguração da Escola Técnica e do novo hospital?
FM – A ansiedade é grande. Afinal são duas grandes obras em Saquarema, que vão dar mais segurança, mais saúde, melhor qualidade de atendimento para os munícipes e um futuro melhor aos jovens. São obras muito grandes e caras. A Escola Técnica é uma escola do Estado do Rio de Janeiro, com parceria local; nós cedemos o terreno, como contrapartida, para ter esse investimento no nosso município. Mais uma vez eu falo que é uma obra que estamos ganhando graças ao empenho do deputado Paulo Melo. Ele é encantado, apaixonado por nossa região… A Escola Técnica, além do prédio, tem uma estrutura esportiva, com uma raia para corrida, piscina, campo de futebol e um ginásio para portadores de deficiência. É um projeto muito bem elaborado. Já a obra do hospital foi atrapalhada um pouco pela chuva e demorou devido à fundação. Nós esperávamos encontrar um tipo de solo e encontramos outro, o que requereu mais tempo para poder fazer todas as modificações e o custo se elevou. Depois que isso foi superado a obra está sendo rápida. As peças, pré-moldadas, já vêm prontas para montar, mas são pesadas e precisam de guindaste. O hospital é uma construção muito grande. A gente vai sair de 60 para 80 leitos, com Centro Cirúrgico e CTI. E já atende a nova legislação; cada quarto é para dois leitos apenas. O novo hospital será adaptado para atender tanto ao SUS quanto aos convênios particulares.

O Saquá – E com relação à habitação social, esse novo projeto do governo estadual em parceria com o federal e o municipal?
FM – O secretário estadual de habitação, o Leonardo Picciani, esteve aqui no lançamento do Plano Municipal de Habitação Social e disse que o Estado tem um déficit habitacional muito grande. A intenção é reparar isso o mais rápido possível. Então foi feita a primeira oficina, mas ainda não está nada determinado. Nós já temos um cadastro de pessoas, há mais de 2 anos, por conta de um projeto federal (Minha Casa, Minha Vida), que pediu para os municípios fazerem esse cadastro e nós fizemos. Infelizmente, o projeto não chegou ao interior, até porque nos grandes centros urbanos o problema habitacional é realmente muito maior.

O Saquá 132 – Abril/2011

Entrevista publicada na edição de abril de 2011 do jornal O Saquá (edição 132)

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