Para evitar a poluição e a má utilização da Cachoeira do Buracão, na serra do Mato Grosso, foi feito um abaixo assinado, encaminhado à Prefeitura no dia 6 de setembro, para tomar medidas de proteção ambientais, no acesso situado em propriedade particular, na Rua Francisco do Couto Pinheiro. As proprietárias da área se encontram de acordo com o acesso aberto à população que vai à Cachoeira do Buracão, desde que a Prefeitura de Saquarema regulamente a área de acordo com as normas federais do meio ambiente.
Segundo o documento, o próprio governo saquaremense em 2012 iniciou um processo de criação de um Refúgio da Vida Silvestre (RVS) em Saquarema, projeto da Secretaria Estadual do Ambiente, com objetivo de proteger a região serrana do município. A Superintendência de Biodiversidade e Florestas apresentou então à população um detalhado projeto, garantindo a participação da comunidade e da sociedade civil na tomada das decisões. O encontro aconteceu em Sampaio Corrêa e alguns dos temas abordados foram: as espécies que seriam preservadas, a área onde pretendiam instalar a UC (Unidade de Conservação), as riquezas da fauna e da flora que o município possui, além da importância que a preservação desse espaço traria para o Meio Ambiente, especialmente na preservação das águas.
De acordo com o Projeto, Saquarema teria 9.900 hectares preservados, para proteger ambientes naturais e assegurar condições para a existência ou reprodução de espécies, como a flora local e a fauna residente ou migratória. Na proposta, foram incluídas algumas ações, além da criação do Refúgio da Vida Silvestre, inscrição do RVS no Cadastro Nacional de Unidades de Conservação do Ministério do Meio Ambiente, nomeação do chefe da UC e criação do Conselho Consultivo, entre outras medidas.
Porém, em 2018, a Prefeitura apresentou um projeto e a Câmara aprovou uma lei que modificou o nível de proteção da área, passando da categoria de RVS para Área de Proteção Ambiental (APA) das Serras do Mato Grosso, Tingui e Castelhana. Em agosto deste ano, a Câmara atendeu a mais um pedido do Poder Executivo de modificação do Plano Diretor Participativo e Estratégico municipal, que prevê a inclusão de três novas áreas de expansão urbana municipal, incluindo a Serra do Mato Grosso.