Branca Teles
Há cem anos atrás, no dia 24 de janeiro, nascia na Itália, em Varese, a pintora Tiziana Bonazzola, que, anos mais tarde, haveria de fazer vários quadros representando o mar de Saquarema, onde costumava passar as férias com a família.
Durante a Segunda Guerra Mundial, na Itália, antes de se casar com o professor de História da Arte Mário Barata e de vir morar no Brasil, ela e seu irmão, Quinto Bonazzola, tornaram-se ‘partigiani’, ou seja, militantes da Resistência Italiana, lutando pela paz em seu país.
Conheceu seu futuro marido brasileiro por acaso, no pós-guerra, num museu na cidade de Veneza, onde ambos estavam admirando os quadros do pintor italiano Tintoretto. Conversando sobre arte, iniciaram um bonito namoro, vindo a se casarem, pouco depois, em Varese.
Já no Brasil, continuou sua carreira artística, participando de várias exposições. Em 1956, chegou a receber o prêmio do ‘Salão Ferroviário’, sob os aplausos do presidente Juscelino Kubitschek, que sempre incentivava a arte e a cultura.
Trabalhou também como professora na Escolinha de Arte do Brasil, sob a direção de Augusto Rodrigues. Ela, que pintava e desenhava desde os cinco anos de idade, considerava muito importante estimular a criatividade artística das crianças e dos jovens.
Enfim, a perspectiva de vida da ‘partigiana’ e artista Tiziana sempre foi a de valorizar a paz no mundo, o respeito aos seres humanos, à natureza, à arte e à cultura.