Um artista plástico nascido no Rio e criado em Saquarema, músico e surfista, Marco Polo fez uma exposição ao ar livre, no final de dezembro do ano passado, na pracinha ao lado do Centro de Convivência em Itaúna. É sua terceira exposição individual; as duas primeiras foram no contexto dos campeonatos mundiais do surf, realizados em Itaúna, quando retratou alguns dos grandes personagens do esporte mundial, como Gerry Lopez, Kelly Slater e Andy Irons, entre outros. Em 2019, durante a prova brasileira do Campeonato Mundial de Surf, o próprio Slater ficou fascinado com os quadros do Polo, inclusive o seu próprio retrato.
Desde a infância Marco Polo já revelava sua vocação artística, através do desenho e da música. Autodidata, criava histórias em quadrinhos. Na adolescência aprendeu a tocar instrumentos sozinho. Adulto, foi lançado no mundo das artes plásticas pelo pai, Marcus Aurelius de Macedo Soares, proprietário da Galeria Huaus Arte Contemporânea, no Rio. Com pinceladas fortes, expressivas, como Van Gogh, e pinturas de grandes proporções, Marco Polo é um neo-expressionista tropical, com traços típicos do movimento undergound, dos anos 60/70, uma pegada hippie, e ao mesmo tempo ambientalista.
Em sua mais recente exposição, conseguiu reunir alguns dos nomes mais importantes da história do surf em Saquarema, como os veteranos Penho e Otávio Pacheco. Penho foi um dos primeiros brasileiros a surfar as famosas ondas de Saquarema e também no Havaí. Otávio Pacheco é o surfista que deu um perfil profissional ao esporte, antes totalmente amador. A homenagem aos veteranos saquaremenses incluída também o Russell Coffin, este sim um mix de surfista e empresário, tendo sido um dos pioneiros a frequentar não só Saquarema, onde mora, mas também Fernando de Noronha e outras praias paradisíacas.
Além dos quadros, Marco Polo também pinta painéis, em ambientes públicos e interiores. Tendo frequentado a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio, Marco Polo já tem régua e compasso e seu caminho pelo mundo ele mesmo traça. Em Saquarema, onde vive com a esposa e um filho, acaba de ser contemplado na Lei Aldir Blanc, que beneficia os artistas e técnicos nestes tempos de pandemia em todo o Brasil. É o artista-revelação do município, que incorpora em sua obra a essência do surf não só como esporte, mas como pintura, trabalho e estilo de vida.
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O Jornal de Saquarema