Setembro é o mês em que se comemora o nascimento de Nossa Senhora de Nazareth. A santa padroeira de Saquarema foi descoberta por pescadores, no meio das pedras, depois de uma tempestade. No mesmo morro onde foi encontrada a santa milagrosa, foi construída uma capela e depois uma igreja, até chegar à feição que tem hoje a nossa Igreja Matriz de Nossa Senhora de Nazareth.
Com uma tradição de mais de 300 anos, o nosso Círio de Nazareth é o mais antigo do país e a Festa de Nossa Senhora de Nazareth de Saquarema é um momento muito significativo para toda a cidade. É quando chegam os peregrinos, os romeiros, os devotos que vêm de longe, trazendo suas esperanças, promessas e agradecimentos na bagagem. Neste período o município se transforma. Muitas barraquinhas são erguidas e todo um comércio paralelo se estabelece nas principais ruas do Centro Histórico da cidade.
A devoção a Nossa Senhora de Nazareth, sempre guardada pela Venerável Irmandade de Nossa Senhora de Nazareth, é também a primeira devoção a Nossa Senhora no Brasil. E a nossa festa é considerada o segundo Círio de Nazareth mais importante do país, perdendo apenas para o Círio de Nazareth de Belém, no Pará.
A Festa da Padroeira de Saquarema é também a terceira maior festa religiosa católica brasileira, considerando-se a primeira a de Nossa Senhora de Aparecida, em São Paulo, padroeira do Brasil.
Com tantos atributos, a Festa de Nossa Senhora de Nazareth continua sendo para nós, saquaremenses, um momento especial em nossas vidas. É quando renovamos a nossa fé, principalmente nas missas que se realizam, culminando com a tradicional procissão no centro da cidade. Abrindo as comemorações em homenagem a Nossa Senhora de Nazareth, a alvorada acorda a todos com o som triunfal da banda Lira de Nossa Senhora de Nazareth e uma queima de fogos, assim como no encerramento a queima de fogos na Praça da Igreja é uma despedida que fica gravada em nossos olhos e mentes, até a festa do próximo ano. Que as bênçãos de Nossa Senhora de Nazareth recaiam sobre todos nós saquaremenses.
Texto publicado na edição 112 do jornal O Saquá