Desestressar parece ser a palavra de ordem para mantermos a saúde e a própria vida. Para isso, basta nos reaproximarmos da natureza, de preferência nas suas formas mais belas e puras: mar ou montanha. Verde, muito verde. “Verde que te quero verde…”, ar puro, beleza e paz interior, longe da rotina, das preocupações do dia-a-dia, da pressa e do aturdimento nas grandes cidades. Por isso, no último feriado, busquei a serenidade de Caxambu (MG), cidade de apenas 22 mil habitantes, junto à Serra da Mantiqueira, balneário preferido da Família Imperial, que lá costumava passar longos períodos de tempo. “Único lugar do mundo a concentrar num só local, 12 fontes de água mineral com propriedades químicas diferentes umas das outras (…) A maior concentração de águas carbogasosas do planeta”. E águas medicinais (como consta da excelente obra de Maria de Lourdes Lemos: “Fonte Floriano de Lemos – vol. 1 – o Parque das águas de Caxambu”). Pois, segundo Rottureau, “a água mineral é um medicamento preparado e composto pela natureza com uma abundância de recursos e um poder de meios que só ela possui”, cita a referida autora. Ao longo do tempo, essas abençoadas águas têm sido prescritas com sucesso para o tratamento de problemas renais, hepáticos, alérgicos, digestivos, respiratórios, etc. Não foi à toa que Rui Barbosa, quando lá esteve (1919) ao perceber “o potencial terapêutico e artístico da cidade” assim se pronunciou: “É a Medicina entre jardins de uma florescência deslumbrante.”
Já relaxada e de volta para o Rio, agora sonho desestressar no próximo feriadão, buscando a serenidade e a beleza praiana da amada Saquarema, cidade-poema!
Artigo publicado na edição de novembro
de 2009 do jornal O Saquá (edição 114)