No dia 23 de dezembro último, os moradores e os comerciantes das vizinhanças das ruas 36, 37 e 44, em Jaconé, receberam a visita de uma equipe de trabalhadores que se propunha efetuar serviços de terraplenagem nas citadas ruas, todas em lastimável estado de conservação. Cumpre esclarecer que o serviço nestas ruas do bairro era esperado pelos moradores com muita ansiedade, em razão do triste estado em que se encontram as ruas transversais à Rua 13.
Mesmo os mais leigos em matéria de urbanização estranharam a maneira atabalhoada com que os trabalhadores tentavam executar a tarefa. A máquina usada para o serviço de “terra-plenagem” (?), aparentemente sem nenhum planejamento ou critério profissional, só fez arrancar e amassar touceiras e arbustos apressadamente e se retirou às 15:30, quando a equipe foi abordada por um pequeno grupo de moradores e comerciantes, indignados com o desinteresse demonstrado pelos trabalhadores que se encontravam executando serviço para a Prefeitura de Saquarema.
Nessa ocasião, prometeram, sem sair da viatura, voltar em 2010 com outra máquina, mais apropriada para esse misterioso tipo de serviço. Mas quem conhece o descaso com que é agraciado, de longa data, o bairro de Jaconé duvida que a “vontade política” que habita os bastidores da administração municipal, na maioria dos municípios brasileiros, permita a continuação daquele malfadado serviço, antes das vésperas de novas eleições. O trecho de Jaconé que é motivo deste artigo nunca usufruiu de serviços municipais, com exceção da coleta de lixo, mas paga impostos municipais idênticos aos de Itaúna. Além disso, sabemos que o IPTU de Saquarema está incluído entre os mais caros do Brasil. Querem continuar jogando a sujeira para baixo do tapete? Hasta cuando?
Artigo publicado na edição de janeiro de 2010
do jornal O Saquá (edição 116)