NOVA COLUNA: CIDADANIA
por Cícero Ramalho
Jaconé precisa urgentemente de cuidados especiais, no que diz respeito às várias atividades que ocorrem com a chegada do Natal (nascimento de Jesus Cristo), Ano Novo e mais ainda com o Carnaval. Nosso bairro costuma receber visitantes que muito nos honram e que fazem nossa população crescer 10 vezes. No mês de setembro, nós, os representantes dos blocos de animação de Jaconé, tivemos uma reunião com membros do governo municipal (secretário de segurança e secretário de turismo) e um vereador, quando foram discutidas providências para o carnaval. Como tem acontecido nos últimos anos, ficou claro que teremos que construir uma ponte nas imediações da Rua 100, pois é quase impossível organizar desfiles de blocos sem que essa ponte esteja concluída. Segundo a comitiva da Prefeitura, o empenho (dinheiro) da ponte já estaria disponível, mas ainda não foi feito o processo de licitação.
Debatemos o assunto, pois com minha militância na construção civil há 3 décadas, informei que, caso exista realmente o recurso financeiro, a ponte poderia ficar pronta em 3 meses. Mas a conversa não evoluiu nem nesta reunião e nem na seguinte que se realizou em novembro. Sobrou um agravante. Na reunião de setembro, um integrante de um bloco afirmou que no carnaval de 2009 um guarda municipal só não foi agredido porque ele, que é policial, e outros intervieram com energia. É um acontecimento de carnaval, mas que já demonstra o risco que corremos durante o tumulto que se forma na Rua 96, que ficaria bem aliviado com a construção da nova ponte.
Com minha experiência de 30 anos de carnavais em Jaconé, sendo que 8 como morador, entendo que além da ponte seria necessário maior número de guardas municipais e policiais, bem como um Posto de Saúde melhorado efetivamente. Resta a pergunta que não quer calar: se o empenho para a construção da ponte existe, por que ainda não houve a licitação e a obra não começou? As promessas de campanha ainda estão em nossas mentes e nós, aqui em Jaconé, vamos contemplando buracos nas vias públicas, não temos água, nem esgoto e assim não é legal.
Artigo publicado na edição de janeiro de 2010
do jornal O Saquá (edição 116)