Já se foi o Natal, 2010 chegou, e, praticamente, estamos às portas do carnaval. Janeiro de tragédias, dores, lágrimas, mas também de solidariedade – o lado bonito do drama.
E nem bem nos recuperamos da perplexidade diante de cenas inimagináveis vistas, aproxima-se o reinado de Momo – que convida seus súditos para um período de alegria, descontração, leveza e fantasia… “E no entanto é preciso cantar / mais que nunca é preciso cantar / é preciso cantar pra alegrar a cidade”… escreveu Vinícius de Morais, nosso amado Poeta. E ele tem razão: quem canta seus males espanta. Quem canta lava a alma e recupera o sorriso… O carnaval não deixa de ser uma terapia social. Só o fato de quem cai na folia cantar, abrir os braços e sorrir, dançar, descontrair-se, fantasiar-se e sonhar… Só isso, melhor dizendo, tudo isso, se realizado de modo prazeroso e saudável, de maneira irreverente mas sem desrespeito ao próximo, só pode ser abençoado e fazer bem à vida!
Mas há quem não seja carnavalesco e prefira passar esses dias do ano relaxando e longe da folia. E se for aqui em Saquarema, nada como aproveitar a beleza da praia, tomar uma água de coco, jogar um biribinha descontraído com os amigos, ler um bom livro, escutar as músicas preferidas, ver aquele DVD de um filme inesquecível… e recuperar o fôlego para enfrentar o ano que verdadeiramente só começa depois do Carnaval… É “nessa onda que eu vou / olha a onda Iaiá”…
Artigo publicado na edição de fevereiro de 2010
do jornal O Saquá (edição 117)