Sacanagem na fazenda
Raio, temporal e coriscos comiam soltos no Regamé/Vilatur, quando Rosalva, a Rô, 31 anos, atolada no barreiro estrebuchava atochada, fazendo sexo e sacanagem com Lindalvo Capataz, o Dal, de 26, que segundo o pessoal da fazenda era amante de uma égua conhecida como “langanha”. Clodoaldo, marido de Rô, vaqueiro e amansador de cavalos, até concordava em dividir os fudúncios da égua com o Dal, mas dividir a mulher, de jeito nenhum. O deita e rola era um amasso só no barranco molhado do barreiro quando o marido chegou, mais valente do que corno, e devastou os dois com tamanha coça, dada com birro seco de boi usado para domar cavalo, que Rô, lanhada e arrombada, chegou no hospital faltando boa parte da pele do rabo. Uma birrada que atingiu a cabeça de Dal arrancou um pedaço da orelha e deixou o piroqueiro desmaiado, tendo dado entrada no PU com perfurações espalhadas por todo o corpo, produzidas com as esporas usadas pelo vaqueiro. Ninguém quis registrar nada contra ninguém. Pelo jeito, no próximo temporal vai ter mais sacanagem no barranco e mais chifres na fazenda.
Cerol sarado
Solange, 22 anos, turista residente em São Paulo, estava de fio dental e de bunda pra cima, deitada cochilando na praia de Itaúna, quando sentiu algo comprido e mole lhe roçar o traseiro. Ardida, com uma coisa quente lhe escorrendo pelas pernas, passou a mão na buzanfa e começou a berrar ensanguentada, enquanto continuava a ser cortada por uma linha de pipa com cerol navalha produzida no Chile, contrabandeada para o Brasil, e que já invadiu as praias de Saquarema. Para terror dos banhistas, que não têm como se proteger porque até panos de barracas são decepados pelas “navalhas” desses marmanjos irresponsáveis, a disputa de pipas, conhecidas como “combate aéreo”, se tornou uma tentativa de homicídio. Vence quem corta, não importando se é a outra pipa, a bunda, a orelha ou o pescoço dos outros. Os fabricantes, além do vidro picado, usam óxido de alumínio, para deixar a linha mais cortante. O rolo com 100 metros está sendo comerci-alizado por 20 reais e segundo os termos da Lei em vigor no Rio de Janeiro e em mais 7 estados brasileiros, o cerol é crime ambiental por se tratar de substância nociva à saúde. Quem vende e quem usa está sujeito a pegar até 4 anos de cadeia.
Leia somente na edição impressa o caso do Pit e o sargento.
Casos publicados na edição de fevereiro de 2010
do jornal O Saquá (edição 117)