Estrela de primeira grandeza abrilhanta as noites cariocas: na última quinta-feira de todos os meses, no aconchegante “Panorama”, 19° andar do Hotel Mercury, no Leblon, Helena de Lima canta e encanta. Com sua natural elegância e voz licorosa e quente de marcantes sucessos, pouco a pouco ela vai interpretando, com o seu tradicional bom gosto, músicas que estarão sempre na memória daqueles que amam o belo. Canções cujas letras são verdadeiros poemas e as melodias, genuínas obras de arte: “Estão voltando as flores”, “Carinhoso”, “Nossos momentos”, “A Deusa da minha rua”, “Magnífico”, “Cavalgada”… Haja coração, amigos! E tudo isso tendo como companhia o céu estrelado do Leblon, o morro “Dois Irmãos” ali tão pertinho, e na paisagem, ainda, a beleza do mar e a coleção de luzes daquele charmoso bairro do Rio.
Digno de destaque é a presença do maestro Ararypê Silva, que no piano de cauda e no teclado acompanha a grande intérprete e demonstra todo o seu virtuosismo.
Diante de tudo isso, é fácil entender porque o publico vai se encantando com tanta beleza e dali sai feliz e com o coração exultando. É simples, muito simples: é que “a alma humana precisa de beleza mais do que do pão”, escreveu D.H. Lawrence. E “as horas nas quais a mente é absorvida pela beleza são as únicas horas em que vivemos”, assegurou com propriedade Richard Jeffries.
Portanto, amigos, vale a pena dar uma chegadinha ao Rio para matar a saudade da arte eterna de Helena de Lima!
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Artigo publicado na edição de junho
de 2010 do jornal O Saquá (edição 121)