Participei do I Seminário sobre Resíduos Sólidos, a convite da jornalista Dulce Tupy, uma das coordenadoras do Fórum da Agenda 21 Saquarema. Como vereador, primeiro secretário da Câmara e presidente da Comissão de Educação, Cultura, Bem Estar Social e Ecologia da Casa Legislativa, destaquei o ato da prefeita Franciane Motta, que lançou em abril de 2010 o Programa de Educação Ambiental (PEA) de Saquarema, amparado na lei nº 1051, de minha autoria e coordenado pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura, em conjunto a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A primeira atividade do PEA Saquarema foi a realização do desfile cívico escolar, no aniversário da cidade, com o tema do meio ambiente. De maio a outubro foram feitas palestras para 3.398 alunos do 2º segmento do ensino fundamental, com os temas: lixo, água e sustentabilidade. Foram feitas também aulas de campo, como a visita ao Horto Florestal Municipal, com cerca de 400 alunos, da educação infantil ao 2º ano, de 10 escolas.
O PEA é essencial porque a criança, com sua maneira lúdica de ser, aprende mais fácil do que o adulto. A criança vê em casa o pai jogando a guimba de cigarro no chão, e porque ouviu da professora na escola, diz: pai, você não pode jogar no chão; temos que jogar no lixo! As crianças ensinam outras crianças, as famílias, a vizinhança. Como profissional da área da saúde – sou professor de educação física – sempre prezei pela qualidade de vida e acho que meio ambiente, esporte e saúde estão interligados. Por coincidência, nasci no dia 5 de junho, que depois veio a ser comemorado como Dia Mundial do Meio Ambiente. Acho que nada é por acaso.
A Prefeitura de Saquarema fez um contrato com o Instituto IAR, de Reciclagem, para coleta e reaproveitamento de óleo de cozinha, pilhas, baterias e eletroeletrônicos, nas escolas. É o começo de um processo de coleta seletiva de lixo na cidade. Um litro de óleo polui milhões de litros de água potável. Quantas donas de casa jogam óleo na terra, no lençol freático, poluindo nossa água? Quando a gente vê um amigo jogando um papel de bala na rua, pensa que é só um papel, mas se os 74 mil moradores de Saquarema jogarem papel no chão, o que vai acontecer?
Visando a preservação do meio ambiente, fiz um projeto para a implantação da coleta seletiva do lixo, outro para instalação de bicicletários e mais um que se chama “Selo Empresa Amiga do Meio Ambiente”. Aprovamos na Câmara a lei que possibilitou a criação de um consórcio intermunicipal para a construção do aterro sanitário que vai substituir o lixão do Rio da Areia. O aterro sanitário vai tratar o lixo de forma adequada e melhorar a nossa qualidade de vida. A natureza não tem voz; a natureza não se expressa por palavras. O meio ambiente é a essência da vida no nosso planeta; é a garantia do nosso amanhã.
Artigo publicado na edição de dezembro de 2010 do jornal O Saquá (edição 128)
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