Com um gol de Nadinho na primeira partida, no campo do adversário, o Boqueirão trouxe a decisão com o Bacaxá para o seu campo, já que a decisão seria em duas partidas e com a vantagem de poder perder pelo mesmo placar da primeira partida. O Boqueirão entrou tranquilo para o jogo, mas aos poucos foi dominando amplamente o adversário e, depois de perder duas chances para marcar, Fábio de cabeça abriu o marcador. Com este gol sofrido, o Bacaxá ficou perdido em campo dando muito espaço aos atacantes do time local, com Nadinho e Boquinha em alta velocidade levando pânico à defesa adversária. Numa dessas arrancadas em velocidade, Nadinho pegou a bola no meio do campo, driblou quatro adversários e fez um golaço. Poucos minutos depois foi a vez de Boquinha invadir a área e marcar o terceiro. Já ao apagar das luzes, Nilton de cabeça descontou para os visitantes.
O árbitro da partida foi Antônio Gomes, tendo o Boqueirão jogado com: Preto, Fábio, Jeremias, Tirinho e Léo, Casinho, Naval, Abmael e Luiz Carlos, Boquinha e Nadinho; também participaram do elenco os atletas Altamir, Ataide, Maurinho, Elmo, Zé Francisco, Agnaldo e Raul Lupy. Ao final da partida, atletas, torcedores e dirigentes fizeram uma roda de mãos dadas no meio do campo e uma oração em memória do ex-atleta Genival da Cunha, que teve seu nome gravado no troféu do campeão, entregue ao capitão do Boqueirão num momento de muita emoção, já que estavam presentes a esposa, filha e mãe do querido colega, Dona Alaide, que emocionou a todos com seus 76 anos. Carlos Etelmo e Alair da Silva foram os coordenadores do certame.
O abandono do Estádio Durval Cruz
O Estádio Durval Cruz, em Sampaio Corrêa, já foi palco de inesquecíveis jogos do grande time do Santa Luiza, das seleções de juniores e das principais de Saquarema, onde desfilaram craques do futebol saquaremense. Desativado há cerca de 2 anos para reformas, hoje o estádio se encontra totalmente esquecido, tanto no que diz respeito aos vestiários, banheiros e bar, quanto aos clubes, dirigentes e atletas do Terceiro Distrito. Clubes como o Bazileia, Fundo de Quintal, Golebol, Sociedade da Bola e Tropa de Elite já não jogam mais lá.
Sampaio Corrêa sempre foi um celeiro de craques que realizavam suas atividades num gramado de primeira, como sempre foi o do Estádio Durval Cruz. Atualmente, o time Sampaio Corrêa vem elevando o nome de Saquarema ao disputar o Campeonato Estadual do Rio de Janeiro. E a escolinha de futebol, comandada por Marcão e Derlon, realizam um excelente trabalho, revelando grandes jogadores. É uma pena que o Estádio Durval Filho esteja nesta situação, logo agora que estão abertas as portas para os jovens saquaremenses ingressarem em clubes profissionais, onde vários já se encontram, como Guilherme e Gustavo, sobrinhos dos ex-profissionais Elton e Eduardo Bravo, que estão no Fluminense. Também, Luan, do Rio da Areia e Joãozinho, filho do sargento Wilson Bravo, estão no Botafogo e o filho do Miguel do Queijo, no Tigres do Brasil; todos com o mesmo sonho de chegar ao profissional, onde já chegaram Fábio Neves, Gata Russa, Zu, Rômulo e o meio-campista Edinho, hoje titular do Fluminense, nascido em Saquarema.
Os desportistas do Terceiro Distrito – e por que não dizer todos os saquaremenses? – pedem às autoridades a realização das obras neste que é um dos mais tradicionais estádios do município, estendendo o grande trabalho que já vem realizando nos campos de grama sintética àquele que muito simboliza o esporte municipal.