Os quatro delegados do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, Continentino Porto, Alvaro Brito, Dulce Tupy e Nilo Sergio, a estudante-delegada, Juliany Alvarenga, e um grupo de observadores, Osvaldo Maneschy, Mário Jakobskind, Mário Souza, Sérgio Caldieri, José Marques e o ambientalista Ernesto Galiotto, de Cabo Frio, participaram ativamente do 35º Congresso Nacional de Jornalistas, realizado em Rio Branco, no Acre. Pela relevância do tema que também foi abordado no nosso IV Congresso Estadual de Jornalistas do Rio de Janeiro, sobre “Jornalismo, Meio Ambiente e o Desenvolvimento Sustentável no Estado do Rio”, realizado em julho em Maricá, protagonizamos um papel decisivo.
De início, fizemos uma revisão do termo “Floresta Amazônica”, em uma das teses que propunha a preservação dos biomas brasileiros, entre eles o Cerrado, a Mata Atlântica, o Pantanal, a Caatinga e o Pampa, pois a Amazônia não é só floresta e sim rios, bacias hidrográficas, microbacias, clima, águas subterrâneas, solo e subsolo, minério, borracha, agronegócios, biodiversidade, desenvolvimento sustentável, etc. Nossa proposta foi aceita pela mesa diretora do 35º Congresso, assim como outras observações, principalmente quanto à necessidade de capacitação dos jornalistas para que se apropriem definitivamente dos termos “sustentabilidade” e “desenvolvimento sustentável”, baseado no tripé: econômico, social e ambiental.
Também por nossa interferência, foi banida a expressão “social/ambiental”, pois hoje já se fundiram os conceitos num único termo “socioambiental”, consagrado mundialmente.
Aparentemente, foram pequenas contribuições, mas que sob a ótica do jornalismo ambiental fazem toda a diferença. Entre as nossas duas teses ambientais apresentadas ao 35º Congresso, somente uma pôde ser levada ao plenário, pois, segundo a secretaria da Fenaj, elas não chegaram a tempo de serem incluídas no Caderno de Teses. Na defesa da nossa tese, sobre a criação do Prêmio Chico Mendes de Jornalismo Ambiental, a voz credenciada do jornalista ambiental e ambientalista histórico Vilmar Berna, único detentor brasileiro, junto com Chico Mendes, do Prêmio Global 500 para o meio ambiente, da ONU. Vilmar Berna, associado do Sindicato de Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, editor da revista e site da Rebia (Rede Brasileira de Informação Ambiental) e Juarez Tosi, do site EcoAgência, do Rio Grande do Sul, compuseram a principal mesa de debates sobre jornalismo ambiental no Congresso.
A nossa proposta de criação da disciplina “Jornalismo Ambiental” nos cursos de Jornalismo foi encaminhada para o Conselho de Representantes da Fenaj, para uma discussão mais aprofundada, pois há uma posição segundo a qual o jornalismo ambiental deve ser um conceito transversal, a ser trabalhado em todas as disciplinas, embora já exista como matéria em cursos de jornalismo no Rio Grande do Sul e Minas Gerais. O 35º Congresso foi um momento favorável para essas e outras reflexões sobre o jornalismo ambiental que cada vez mais está e estará presente nas nossas pautas, no dia a dia do fazer jornalístico contemporâneo.