Embora tenha feito, na fase de grupos, a pior campanha entre os grandes, o Botafogo perdeu apenas uma vez, de 1×0 para o Flamengo, e conseguiu engrenar na reta final a ponto de superar a desvantagem do empate, primeiro diante do próprio Flamengo e depois do Vasco para conquistar, de forma indiscutível, o título de campeão da Taça Guanabara. Alguns jogadores experientes acabaram sendo decisivos: o goleiro Jefferson com defesas espetaculares e decisivas para Felipão ver, Bolivar, recém-chegado do futebol gaúcho, que parece ter acertado a defesa alvinegra, e Seedorf, o cracaço holandês que, com sua inteligência, iniciou num lindo toque de calcanhar a jogada do gol decisivo, um golaço, na conquista da Taça Guanabara. Muitos reconhecem que o título do Botafogo começou a ser conquistado, na verdade, quando contratou o holandês. Além deles, Felipe Gabriel cresceu muito nas partidas e Lodeiro não economizou na movimentação.
O Botafogo fez por merecer a taça. Uma conquista importante para que a torcida dê um pouco de paz ao técnico Oswaldo de Oliveira que é um treinador moderno, faz um bom trabalho e merece mais crédito do que tem recebido. Oswaldo foi aquele maestro regendo uma orquestra, ora com suavidade, ora com veemência, mas sempre sem desafinar. Oswaldo conseguiu, na hora da pressão tranquilizar os mais jovens do time do Botafogo, ajudado por Seedorf, dentro e fora de campo.