Neste 2013, o Brasil está comemorando nas escolas, universidades, nos teatros, centros culturais e nas academias de letras o Centenário de Nascimento de dois grandes nomes da literatura nacional: Rubem Braga e Vinicius de Moraes.
Rubem Braga era capixaba. Nasceu no dia 12/01/1913, em Cachoeiro de Itapemirim e faleceu em dezembro de 1990, na cidade do Rio de Janeiro. É voz corrente que ele transformou a crônica, tradicionalmente tida e havida como um gênero menor, numa categoria literária de importância neste país. Para Moacyr Scliar, “este homem amável e um pouco retraído (…) tratava as palavras com sabedoria e com maestria. Por isso era grande. (…) Ele sabia ver poesia nas coisas simples”. Tem razão Scliar. Sintam a poesia na prosa de Braga: “Deito-me na rede, olho as nuvens vagabundas. (…) Direis que essa ocupação não é construtiva; responderei que estou comtemplando o céu da minha Pátria. Sempre é algo de nobre e afinal há momentos em que a gente se cansa de olhar a terra e os homens”. (Na Rede, Rio, julho, 1959 – Ai de ti, Copacabana)
Vinicius de Moraes – nosso festejado e amado Poeta nasceu ao romper do dia 19 de outubro de 1913, na cidade do Rio de Janeiro. Afetuosamente chamado de “Poetinha” pelos cariocas e amigos, foi uma das grandes vozes poéticas do Brasil. Ele que não via distinção entre “poesia de livro e a de canção” (assim declarou em famosa entrevista a Clarice Lispector), deixou, além das muitas “poesias de livros”, versos poéticos de imorredoura beleza, que, musicados por Tom Jobim, Baden Powell, Carlos Lira e outros, estarão eternamente gravados na nossa memória e no nosso coração, como por exemplo: “Se todos fossem iguais a você/Que maravilha viver…// Ah, vontade de ficar/Mas tendo que ir embora…/ Ai que amar é se ir morrendo/ Pela vida afora…//Quem de dentro de si não sai/Vai morrer sem amar ninguém…//…
Benditos sejam Rubem Braga e Vinicius de Moraes!