Por Chico Peres
Ao realçarmos a história numa edição comemorativa dos 172 anos de emancipação político-administrativa de Saquarema, não podemos deixar de lembrar de um dos seus filhos mais ilustres: Alberto de Oliveira.
Em 2008, no sesquicentenário de nascimento do Poeta, lançamos o primeiro volume da Coleção Memória da Cidade, para homenagear Alberto de Oliveira, que nasceu no bairro de Palmital, em Saquarema, dia 28 de abril de 1857, e faleceu em Niterói, em 19 de janeiro de 1937, pouco antes de completar 80 anos.
Do movimento literário denominado Parnasianismo, o poeta saquaremense foi o seu maior cultor, formando uma tríade com os poetas Olavo Bilac e Raimundo Correia. Com Machado de Assis e outros expoentes da literatura nacional, fundou a Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, tendo ocupado a cadeira nº 8, cadeira que outro ilustre saquaremense assumiu mais tarde, o sociólogo Francisco José de Oliveira Vianna, considerado um dos mais importantes do Brasil. Alberto de Oliveira publicou mais de 18 livros, tendo ocupado importantes cargos públicos no Estado do Rio de Janeiro, inclusive o de Diretor Geral da Instrução Pública, o que equivale ao cargo de Secretário de Estado de Educação.
Sobre o nosso poeta, Olavo Bilac pronunciou-se em certa ocasião: “Alberto de Oliveira não é somente o maior dos nossos poetas vivos: é também o mais brasileiro de todos os poetas do Brasil”. O escritor Silvo Romero, no livro “História da Literatura Brasileira”, fez a seguinte observação sobre o poeta saquaremense: “É o mais abundante e talvez o mais imaginoso poeta brasileiro”. O poeta Carlos Drummond de Andrade referiu-se a Alberto de Oliveira, em um artigo no Jornal do Brasil, em 1979, dizendo: “Alberto foi expoente de uma escola e de um tempo intelectual brasileiro. Não pode ser eliminado da cronologia, nem do quadro de valores permanentes. Existe com luz própria”.