Não faz muito tempo, um prefeito, em pleno exercício do mandato, perguntou-nos: quem foi esse tal de Oscar de Macedo Soares? Pois é! Poucos sabem. Outros tantos se indagam: quem foi Alberto de Oliveira, Oliveira Viana, Alfredo Coutinho, Francisco Fonseca, Beatriz Amaral, Sampaio Corrêa, Francisco Vignoli, Darcy Bravo? E por aí vai… Ou melhor, por aí fica! Não há resposta pela total ausência de política cultural nacional, estadual e municipal. Por isso esta edição histórica, como se fosse a repercussão do grito de um município em busca de sua memória.
É vital para a cidadania preservar nossa memória, por flagrar os momentos em que ocorreram ao longo do tempo, as grandes e pequenas mudanças, tenham sido políticas, econômicas, sociais ou morais. Prestes a contemplar 13 anos, em julho próximo, o jornal O Saquá tem publicado amplas e detalhadas matérias reunindo precioso material histórico, além dos aspectos geográficos, naturais e culturais, todos, direta ou indiretamente, comprometidos com as circunstâncias históricas e antropológicas do município que, através das épocas, delinearam o perfil atual de Saquarema. Nossa intenção é contribuir para que a população de Saquarema possa alongar o alcance de sua ligação com as raízes, consolidar sua identidade com a terra onde vive e, sobretudo, sentir-se orgulhosamente inserida no contexto histórico da evolução de um pequeno povoado que se tornou vila e, hoje, é um município em franco desenvolvimento.
De acordo com uma tese antropológica reconhecida mundialmente, o homem é produto do meio. Mas como sabê-lo se desconhecemos as origens? Quem somos, só desvendando de onde viemos e por onde passamos, sem o que torna-se aventura para onde vamos… O ontem, o hoje e o amanhã constroem a história, narração cronológica dos fatos ocorridos na vida das populações, em particular, e da humanidade, em geral. Ninguém poderá construir um bem sucedido presente, visando um futuro promissor, se incorrer na ignorância do passado. Assim, estamos publicando esta edição histórica para comemorar os 172 anos da emancipação política e administrativa de Saquarema. É o nosso presente para a cidade e seus cidadãos.
Conheço Saquarema desde os 4 anos de idade. Hoje tenho 64.
Quando comecei a frequentar o lugar, não existia nem a praça da vila, a do Canhão, nem o Marisco…. o cinema abria sómente aos sábados e domingos… só existia uma ponte e nenhum sinal de trânsito.
Neste lugar conheci meu primeiro namorado, tenho amigos que se transformaram em parentes, e recordações que me ajudam a viver.
Ao luar cantei serenata com Tom Jobim, Nelson Ned, Moacyr Franco, Wanderley Cardoso.
Acompahei inúmeras procissões e Festas do Divino.
Ler o Saquá me faz matar saudades deste lugar aonde passei os melhores anos da minha vida.
Adoro o Jornal… mas nunca… repito… nunca vi uma linha sequer a respeito de Antenor de Oliveira.- o primeiro pintor da região dos Lagos nos anos 60!
Perdi a edição, ou nao teve mesmo.?
Abraços saudosos,
Estelamaris