Elas são belas, encantam e estão incluídas na sucinta lista dos “Insetos dos quais as pessoas gostam”. Foi o que li em interessante matéria escrita por Natalie Angier, publicada no The New York Times International Weekly / Folha de São Paulo, de 15/04/2013.
Borboleta é “pétala que voa”, escreveu Clarice. Joaninha, ínfima flamenguista… E a libélula? Aparentemente inofensiva, seduz e atrai atenção. Mas as aparências enganam, porque, em verdade, as libélulas são vorazes predadoras aéreas, e “novas pesquisas sugerem que elas podem ser as mais ificazes caçadoras do reino animal”. Enquanto os leões africanos “com sorte apanham só 25% das presas que perseguem”, e os tubarões brancos com seus 300 dentes pontiagudos “ainda assim fracassam em quase metade das suas caçadas, (…) as libélulas conseguem capturar outros insetos em pleno ar em mais de 95% das suas tentativas, muitas vezes consumindo a carne voluptuosamente sem nem se darem ao trabalho de pousar”. E mais: elas atacam por trás e por baixo, sem que a presa tenha tempo de saber o que está acontecendo.
Os ataques das libélulas têm tal precisão que elas estão sendo consideradas verdadeiros “drones” da natureza e não é de se espantar que muitas das pesquisas sobre elas estejam sendo “patrocinadas pelas Forças Armadas dos EUA”
Além da precisão, elas são versáteis e dão “show” pelos seus outros atributos: “conseguem pairar, mergulhar, voar para trás e de cabeça para baixo, girar em 360° com três ligeiras batidas de asas e alcançar velocidade de quase 50 km/h”…
Mas a vida com tantos problemas e eu a escrever sobre borboletas, joaninhas e libélulas… Qual!… É que vida é beleza e elas são belas! Vida é poesia, e “vida e poesia são a mesma coisa”. Não são, Quintana?