Eis uma questão cuja resposta já começou a ser equacionada com a convocação dos jogadores pelo técnico da Seleção Brasileira de Futebol, Luiz Felipe, o Felipão. O primeiro passo para avaliar esta pergunta será dado no dia 12 de junho, na abertura da Copa, quando o Brasil enfrentará a Croácia, no “Itaquerão”, a Arena de São Paulo.
Como disse Felipão, “a Croácia é a seleção mais importante a ser derrotada agora, na luta pelo título. No momento, o nosso primeiro adversário é o mais difícil.” Vale a pena citar o retrospecto de que, em 19 estreias de Copa do Mundo, a Seleção Brasileira venceu 15, empatou e perdeu duas. Uma vitória sobre a Croácia na estreia vai trazer bons presságios ao Brasil que, nas 5 vezes em que ergueu a Taça do Mundo (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002), saiu do campo vitorioso no primeiro jogo.
Depois das incertezas decorrentes da demissão de Mano Menezes, principalmente porque ele havia iniciado um trabalho de renovação, eis que Marin, presidente da CBF, numa expressão sadia, juntou Parreira e Felipão, os técnicos campeões de 1994 e 2002, respectivamente, e essa dupla acabou unindo suas qualidades para neutralizar alguns defeitos. E fizeram muito bem em manter a base de jogadores da época do técnico Mano Menezes, adicionando ao comportamento paternalista de Felipão o estilo teórico e prático de Parreira. Assim, a conquista da Copa das Confederações, no ano passado, deu moral a todo o grupo, melhorando o astral dos torcedores em relação à Copa do Mundo.
No que diz respeito aos convocados por Felipão não há muito o que discutir; é o que temos de melhor, no momento, aqui dentro e sobretudo lá fora. A única coisa que preocupa é ter que torcer muito por um grande desempenho do artilheiro Neymar, a exemplo do que fez na Copa das Confederações. Se os deuses do futebol não estiverem sempre ao lado dele, as coisas podem se complicar.
Os favoritos e as
possíveis surpresas
Com média de idade de 28 anos, 17 dos 23 jogadores da nossa Seleção vão disputar sua primeira Copa do Mundo, números semelhantes aos dos Mundiais de 1958, 1970 e 2002, quando o Brasil foi campeão. O time campeão da Copa das Confederações começará a treinar como titular na Granja Comary, em Teresópolis, no próximo dia 26. Felipão ainda poderá mexer na lista de convocados até o dia 2 de junho, último prazo concedido pela FIFA.
Além do Brasil, que ainda por cima é o anfitrião, há outros 3 favoritos à conquista do título de campeão mundial: Alemanha, Espanha e Argentina. No lado oposto, Itália, Suíça, Portugal e Bélgica poderão ser as grandes surpresas. A Itália costuma começar como quem não quer nada e, durante a competição, vai crescendo até tornar-se um adversário difícil nas semifinais. Foi assim que chegou ao tricampeonato. Aliás, a Itália é a única seleção que, se for campeã, torna-se tetra, empatando com o Brasil. A Suíça, pela primeira vez, vai mesclar o seu tradicional e forte esquema defensivo – sua marca – com ágil poder ofensivo, estilo novo que já funcionou nas eliminatórias e poderá surpreender na Copa.
Já Portugal poderá dar trabalho pela equipe e, principalmente, por contar com o genial Cristiano Ronaldo, que vale por meio time e está na melhor fase de sua carreira, eleito o melhor do mundo. Por fim, a Bélgica também não pode ser desprezada, pois seus melhores jogadores atuam com destaque em importantes clubes da Europa, entre eles, o grande goleiro Courtois (1m93cm de altura) titular do Atlético de Madri, campeão espanhol, e seu reserva, Mignolet, que joga no Liverpool, da Inglaterra. Dispõe, ainda, também jogando na Inglaterra, do meio-atacante Hazart, camisa 10 do Chelsea, e de Lakaku, atacante, camisa 9 do Everton.