Depois de uma fase classificatória sofrível, com 2 vitórias (Brasil 3×1 Croácia – Brasil 4×1 Camarões) e um empate (Brasil 0x0 México, jogando contra equipes de nível técnico bem inferior ao da seleção brasileira, fomos para as oitavas e quartas de final que ultrapassamos muito mais pela fraqueza dos adversários, Chile e Colômbia, e pelo respeito que nossa camisa ainda impunha aos rivais sul-americanos. Nas oitavas passamos aquele sufoco diante do Chile (1×1) no tempo normal e na prorrogação, só conseguindo vencer nos pênaltis, sem esquecer que no último minuto da prorrogação, o chile acertou uma bola no travessão de Júlio Cesar, que teria eliminado o Brasil caso a bola entrasse no gol. A melhor atuação brasileira ocorreu no primeiro tempo do jogo contra a Colômbia, pelas quartas de final, com a vitória por 2×1. Mesmo assim o Brasil não chegou a empolgar e o segundo tempo foi ruim.
Com essa vitória, o Brasil garantiu sua chegada a semifinal, contra a Alemanha, após uma trajetória em que venceu sem convencer. Aí aconteceu: nunca antes na história desse país, a seleção brasileira foi tão humilhada numa Copa. E tampouco houve uma semifinal de Mundiais em que um dos times tomasse cinco gols em 25 minutos. O que se viu não foi um jogo de futebol, mas um autêntico massacre: 7×1 para a Alemanha. E o sonho do hexa em casa acabou virando um terrível pesadelo.
Aí só restava tentar o 3° lugar contra a Holanda. Mas nem isso. O Brasil levou nova lombada (3×0) em partida que terminou com a maior vaia já recebida pela seleção, pagando vários micos: novamente levou gols de saída, não teve esquema para conter o holandês Robben e saiu de campo com a defesa mais vazada da Copa, tomando 14 gols. Chegou a hora de uma urgente e profunda reformulação. Não só de nomes, mas também de observação do que se passa lá fora, exigindo mais compromisso dos jogadores e menos arrogância dos treinadores para que retomemos o nosso estilo de futebol habilidoso e criativo que nos levou ao penta.
Mais uma vitória apertada da Alemanha por 1×0 sobre a Argentina e no finalzinho da prorrogação, ao conquistar o tetracampeonato mundial, só aumentou o tamanho do vexame do Brasil. Um jornal alemão comemorou a conquista da Copa com a seguinte manchete: “O Brasil tem Neymar, a Argentina tem Messi, a Holanda tem Robben e a Alemanha tem um time.”