Às vésperas do reinício da Era Dunga, quando o treinador promoverá a primeira convocação de jogadores para a fase inicial dos jogos amistosos, visando a preparação para a Copa América de 2015, a expectativa do torcedor é ver, na prática, se existe mesmo o propósito do técnico de montar uma nova seleção para recolocar o futebol brasileiro num patamar compatível com a sua tradição. Coincidentemente, às vésperas do retorno de Dunga, a FIFA divulgou um novo ranking onde os 7 x 1 foram lembrados com o justo 1º lugar para a Alemanha e o 7º para o Brasil, até porque seleções como Holanda e Argentina, entre outras, estão jogando um futebol superior ao nosso.
Ninguém poderia imaginar, logo depois do vexame da Seleção do Filipão na Copa do Mundo, que Dunga tivesse a chance de voltar ao comando do time brasileiro. Mas a frieza dos números não faz de Dunga um treinador fracassado à frente da Seleção Brasileira. Em 60 jogos, foram 42 vitórias, 12 empates e apenas 6 derrotas, com 127 gols marcados e 41 sofridos. De quebra ele conquistou os títulos da Copa América de 2007 e o da Copa das Confederações em 2009. Seu principal “pecado” ocorreu na competição mais importante: a eliminação nas quartas de final da Copa da África do Sul, em 2010, com a derrota por 2 x 1, de virada, para a Holanda. É este treinador, com aproveitamento de 76,7%, que está de volta com 4 missões: Copa América de 2015 e de 2016, Olimpíada Rio-2016 e Eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018.
Retrospecto à parte, um dos motivos de tamanha resistência ao nome de Dunga é o seu retorno pelas mãos do presidente da CBF, José Maria Marin, e de Marco Polo Del Nero, que assumirá a entidade e 2015. Este, porém, não é o motivo mais importante. O temperamento difícil e o seu mau humor no trato com os críticos e torcedores são outras razões para tamanha aversão a Dunga.