O aniversário do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (SJPERJ) foi comemorado durante Sessão Solene na Câmara Municipal de Niterói, presidida pelo vereador Bruno Lessa, representando o presidente da casa Paulo Bagueira, tendo à mesa os jornalistas Continentino Porto, presidente do sindicato, Dulce Tupy, vice-presidente, Alcyr Cavalcanti, da Associação dos Repórteres Fotográficos, além do vereador Renatinho e do representante da OAB-Niterói, Fernando Dias. Durante a sessão, foram feitas duas pequenas palestras proferidas pelos jornalistas Fátima Lacerda, sobre inclusão das mulheres e outras minorias nos sindicatos e Fernando Paulino que falou da luta sindical, especialmente da luta histórica do próprio Sindicato (SJPERJ), que sofreu verdadeira intervenção nos duros anos de chumbo, na década de 70.
Em seu discurso, o presidente Continentino fez um breve balanço das atividades da atual diretoria, entre elas o trabalho da Comissão da Verdade, ressaltando o depoimento do ex-deputado Afonsinho que foi preso na Fazenda 31 de Março, em
São Paulo, onde foi torturado barbaramente, cujas marcas Afonsinho traz até hoje nos punhos e nos tornozelos. O presidente falou também do próximo ENJAI, Encontro Nacional dos Jornalistas em Assessoria de Imprensa, e ressaltou o Prêmio Nacional de Jornalismo Ambiental Chico Mendes, criado pelo sindicato para homenagear os jornalistas que se destacam neste campo jornalístico no Brasil. O prêmio será lançado no Dia do Meio Ambiente, 5 de junho. O presidente falou também do piso salarial recentemente conquistado pela categoria, em negociação com os deputados na Assembleia Legislativa.
Foram homenageados os ex-presidentes do sindicato, Gilson Monteiro, Gentil Lima, Jorge Nunes, Olegário Wenguestel e Ernesto Viana. E foi feita uma grande homenagem aos dois jornalistas
recentemente falecidos, Luis Antônio Pimentel, historiador e poeta, aos 103 anos, sócio número 1 do sindicato e o jornalista e radialista de São Gonçalo, Assueres Barbosa, além do ex-presidente do sindicato Jairo Mendes, vítima da Ditadura Civil e Militar instaurada com o Golpe de 64, aclamados, não com um minuto de silêncio, mas com uma salva de palmas.