Quanto maiores forem as dificuldades em vivermos melhor, com um país organizado, verdadeira e dignamente governado, na sonhada trilha inabalável para algum dia vir a ser um grande País (e não apenas um país grande), maiores são as nossas necessidades de recorrer à SABEDORIA daqueles que passaram mas deixaram suas pegadas de fé e de esperança.
Vejam as palavras de Teresa de Jesus (Teresa D’Ávila): “Nada te perturbe. Nada te espante. Tudo passa. Só Deus não muda. A paciência tudo alcança. Quem a Deus tem nada lhe falta”; de Cecília Meireles: “Não faças de ti um sonho a realizar. Vai. Sem caminho marcado. Tu és o de todos os caminhos”; de Mario Quintana: “Todos esses que aí estão / atravancando o meu caminho / eles passarão… / eu passarinho…”; de Erico Verissimo: “Antes de Mussolini e de Stalin já existiam as estrelas e depois que eles tiverem passado elas ainda continuarão a brilhar”; E ainda Erico: “Olha as estrelas – Enquanto elas brilharem haverá esperança na vida!”; as de Clarice Lispector: “Esperança é como o girassol, que à toa se vira em direção ao sol. Mas não é à toa: virar-se para o sol é um ato de realização de fé”; de Vinicius de Moraes: “Que vontade me vem de adormecer-me / Entre teus doces montes, pátria minha / Atento à fome em tuas entranhas / E ao batuque em teu coração”.
E as palavras de duas escritoras vivas, atuantes, definitivas: Nélida Piñon: “Sucumbida a tanta carga, exige a alma de volta”; e Lygia Fagundes Telles: “Quero a ilusão do sonho, quero a ilusão da esperança em qualquer tempo-espaço.”
Lembrando que “o escritor, o bom escritor, é um arquiteto da alma.” (Guimarães Rosa)
O Jornal de Saquarema