O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (SJPERJ) lançou oficialmente o “Prêmio Nacional de Jornalismo Ambiental Chico Mendes”, em solenidade realizada no Solar do Jambeiro, em Niterói , onde se reuniram cerca de 100 pessoas, entre jornalistas, ambientalistas e autoridades em geral. A cerimônia foi conduzida pelo jornalista Mário Sousa, vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas e coordenador do evento. Na mesa: Axel Grael, vice-prefeito de Niterói, representando o prefeito Rodrigo Neves; Continentino Porto, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro; o jornalista André Gagliano, coordenador de Comunicação da Prefeitura; o jornalista Paulo Freitas, presidente da Neltur; a jornalista Dulce Tupy, vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas, e o biólogo Gustavo Berna, representante do presidente do Conselho de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa (Alerj).
Promovido pelo sindicato com patrocínio da Prefeitura de Niterói e da ALERJ, e apoio do Ariau Amazon e do Acqualivegroup, o prêmio é um incentivo aos jornalistas e estudantes de jornalismo para se qualificarem na área ambiental no momento em que se vive uma grave crise hídrica no país e fortes mudanças climáticas em todo o mundo. O presidente do Sindicato dos Jornalistas, Continentino Porto, fez um breve histórico do prêmio, ressaltando que foi idealizado pelo jornalista e ambientalista niteroiense Vilmar Berna e aprovado pela Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ), além dos 30 sindicatos de jornalistas de todo o País. Porto afirmou ainda que essa é uma oportunidade que se abre para os universitários e os jornalistas de todo o Brasil.
O vice-prefeito, Axel Grael, lembrou da sua luta, desde a década de 70, em prol do Meio Ambiente e listou os investimentos que a Prefeitura vem fazendo na área. “A questão ambiental deixou de ser periférica para a Prefeitura e passou a nortear decisões”, afirmou. Grael ressaltou também a importância de envolver os profissionais de comunicação no movimento ambiental para se chegar a uma comunidade sustentável. “Precisamos ter cada vez mais pessoas envolvidas com as causas ambientais e para isso os jornalistas são fundamentais. O Sindicato está de parabéns! É um prêmio nacional que reconhece esses profissionais que fazem a diferença; é de suma importância”, ressaltou Axel.
O prêmio é um desafio
A jornalista Dulce Tupy falou do seu engajamento pela causa ambiental desde a Rio-92 e os vários problemas enfrentados no Estado do Rio e na Região dos Lagos. Paulo Freitas, presidente da Neltur, disse que a causa ambiental é transformadora e destacou a importância de se adotar novos comportamentos que contribuam com o ambiente.
Palestrante do dia, o ambientalista Vilmar Berna, editor da Revista da REBIA, Rede Brasileira de Informação Ambiental, único jornalista brasileiro detentor de um dos maiores prêmios na área ambiental pela ONU, o Prêmio Global 500, falou sobre as questões ambientais e a importância da comunicação para a mudança de paradigmas sobre o meio ambiente. “O prêmio faz parte deste desafio”, disse. Membro da Associação Brasileira de Literatura de Cordel, o cordelista João Batista Melo falou sobre seu trabalho em defesa do meio ambiente, que também já foi destaque na ONU, e distribuiu o cordel “Votu, o demônio da Amazônia”.
O Prêmio Nacional de Jornalismo Ambiental Chico Mendes vai premiar as melhores matérias sobre o tema ambiental, publicadas em 2015, em jornais, rádios, revistas, TVs e Redes Sociais, no Brasil. O regulamento prevê também a participação de universitários na área de Jornalismo, que tenham matérias, vídeos e fotografias publicadas. O prêmio Chico Mendes foi aprovado no Congresso Nacional de Jornalistas, no Acre, visando contribuir para o debate sobre a questão ambiental, além de estimular pautas sobre esta questão nas redações e nas Redes Sociais. Uma Comissão de alto nível formada por jornalistas e especialistas em Meio Ambiente escolherá as melhores reportagens sobre o tema.