O Quilombo de Bacaxá se situava na Serra do Amar e Querer. Na época, o sertão de Bacaxá se estendia desde a margem esquerda do Rio Bacaxá, na Serra da Castelhana, até o sul da Lagoa de Saquarema, fazendo limite com os atuais municípios de Rio Bonito e Tanguá que então faziam parte de Santo Antônio de Sá, região hoje integrada a Itaboraí.
Na verdade o Quilombo de Bacaxá era dois: o quilombo velho, antigo e grande, e o quilombo novo, bem menor. Há hipótese de que os quilombos existiam há anos, talvez décadas, com seus mocambos (palhoças) e roças, vivendo em harmonia com as populações locais, praticando escambo (troca) com alguns comerciantes, mantendo comunicação com os escravos nas fazendas.
Capturados pelas tropas do governador Vahia, os quilombolas foram levados ao Rio de Janeiro, para serem castigados. Conforme ficou registrado em documentos da época, eram “23 cabeças”, mas o governador reclamou a falta de uma “crioula”. É possível que ela tenha sido morta, pela crueldade dos castigos…
O Jornal de Saquarema