Com a participação de mais de 100 pessoas, intensos debates entre jornalistas, atletas, acadêmicos, professores e representantes da sociedade civil se realizou em Niterói, no Solar do Jambeiro, o simpósio “Niterói pensando os Jogos Olímpicos”, que homenageou no encerramento atletas niteroienses olímpicos e paralímpicos, como a ex- atleta Aída Santos. Segundo o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, Continentino Porto, o sindicato cumpriu o papel de provocar a reflexão sobre temas muito pouco colocados na grande mídia. Já o vice-presidente, Mário Sousa, destacou a importância de levantar e discutir os desafios pós Olimpíadas do Rio.
A mesa da solenidade de abertura contou com a participação do secretário de Esportes de Niterói e ex-atleta olímpico, Bruno Souza, do diretor da Neltur, Liberato Pinto, e da jornalista Helena Tavares, assessora de imprensa da OAB Niterói. Na primeira mesa, os destaques foram para o jornalista e advogado Célio Junger que resgatou a memória das Olimpíadas e Bruno Souza, com seu relato emocionante como ex-atleta e membro do Comitê Olímpico. A mesa seguinte, sobre “Marketing esportivo e democratização da mídia”, contou com a participação do jornalista e editor do jornal “A Folha”, Astrogildo Milagres, do editor de Esportes do jornal O Fluminense, Daniel Alves, e da editora da Mídia Ninja, Raissa Galvão. O ponto alto foi a denúncia do jornalista Astrogildo Milagres, que já sofreu dezenas de processos e perseguições políticas por denunciar falcatruas administrativas no Norte Fluminense, e a Mídia Ninja que afirmou que vai priorizar uma cobertura paralela, fora do discurso oficial.
Ao abrir a mesa sobre o tema “As barreiras e a invisibilidade social: racismo, preconceito, acessibilidade e discriminação da mulher”, o jornalista Fernando Paulino comemorou o fato dos Jogos Olímpicos, pela primeira vez, estarem sendo realizados numa nação em que a população negra é maioria. Participaram desta mesa o sociólogo Marco Romão e a atleta negra Aída Santos, uma das primeiras mulheres a participar da Olimpíada. A mesa sobre “Doping e uso de anabolizantes” contou com palestras do médico e ex-craque de futebol, Afonsinho e do Doutor em Ciências Médicas e professor da UFF José Antônio Caldas. A mesa foi coordenada pela jornalista e doutora em Memória Social, Simone Gomes que condenou o uso de anabolizantes nos esportes, nas academias de ginástica e na sociedade em geral.
Ao participar da mesa sobre “Os impactos socioambientais dos grandes eventos”, a jornalista e ambientalista Dulce Tupy lamentou a oportunidade desperdiçada de despoluir a Baía de Guanabara, Patrimônio da Humanidade. “Perdemos a chance de despoluir nossa linda e importante Baía de Guanabara, parte da história do Rio de Janeiro e do Brasil”, disse a ambientalista que mediou o debate com o ecologista Sérgio Ricardo, com o arquiteto Canagé Vilhena e com o advogado especializado em meio ambiente Fernando Portilho. A mesa com o tema “O legado pós-olímpico: sonhos ou pesadelo” provocou um caloroso debate entre os jornalistas João Baptista Abreu, Osvaldo Maneschy e Áydano André Motta, conduzido brilhantemente pelo jornalista Pinheiro Junior. Em seguida foram agraciados com troféus atletas olímpicos e paralímpicos de Niterói.
Da família Grael, Erick Schimit, Axel Schimit, Torbel Grael, Axel Grael e Lars Grael. Anderson Lopes, Armando Barcelos, Bruno Souza, Clinio Freitas (representado pelo filho), Fábio Bordignon, Isabel Swan, Robeto Miranda, Sandra Soldan, Vaderson Silva. E ainda José Haddad, presidente da Neltur, João Carvalho, primeiro presidente do Comitê Paralímpico e Bruno Souza, secretário municipal de Esportes de Niterói. Com a mesma sinuosidade que lembra o MAC e a tocha olímpica, o troféu do sindicato foi criado pelo escultor Giovani Gargano.