O verão nem terminou, mas já se pode dizer que a Lagoa de Saquarema foi um dos espaços mais frequentados na temporada que vai até o carnaval. Nos últimos anos, cada vez mais na Barrinha, o canal que liga a lagoa ao mar, milhares de pessoas buscam o sossego das águas claríssimas, que ficam ali represadas, uma piscina natural, supervisionada pelo olhar atento dos guarda-vidas. Tendo a igreja matriz de Nossa Senhora de Nazareth como cenário, é o local favorito das famílias, crianças e jovens, que encontram oportunidades de passeios de barco, aluguel de caiaque, pranchas de surfe ou de stand up, entre outras opções de lazer.
A oferta de alimentos inclui desde o tradicional peixe frito, feito na hora, até o frango assado, passando pelo suco de laranja, servidos em simples barracas ou restaurantes. Na entrada principal da Barrinha, a estreita Travessa Virgínea Marins Pessoa, encontra-se um variado cardápio do mar: peixes, mariscos, polvos. No alto, na chamada “Barra Franca”, obra de construção de um molhe de pedra que se encontra paralisada devido a uma ação do Ministério Público, um grande estacionamento improvisado, lotado de carros, demonstra a demanda por mais este espaço de lazer público.
Saquarema tem uma nítida vocação para o turismo. Mesmo sem muitos investimentos – ou até com investimento zero, como é o caso – atrai milhares de pessoas em busca de lazer, principalmente o lazer sustentável, onde o sol e a água do mar ou da lagoa são os ingredientes básicos. Pena que ainda falta investir na infraestrutura, como cestos de lixo em toda a orla da Barrinha, para que seja considerada um espaço nobre da cidade, como as já consagradas praias de Itaúna e da Vila, principalmente depois do calçadão construído ano passado, que trouxe mais conforto aos banhistas.