Este ano o município mais uma vez ficou lotado de turistas durante o carnaval. Os 3 distritos receberam uma multidão de pessoas que vieram desfrutar das praias e de outras opções de lazer em Saquarema. Mas, para suportar a animação dos foliões, vários serviços públicos ficaram sobrecarregados e não deram conta do recado; faltou luz diversas vezes, principalmente em Jaconé. O bairro que mais cresce no município e sempre tem uma programação extensa de carnaval se viu às escuras… Houve também um caos nas vias públicas, trânsito caótico, ruas interditadas, entre outros velhos problemas, como o transporte público e a tradicional falta d’água.
Mas quem vem brincar o carnaval supera essas adversidades com entusiasmo e alegria para curtir os 28 blocos, que saíram no Boqueirão, Porto da Roça, Sampaio Corrêa, Jaconé e Vilatur, com destaque para o retorno do Bloco das Piranhas, em Bacaxá, e o Bloco do Morrinho, em Sampaio Corrêa. Houve também shows nos bairros e trio elétrico na orla da Lagoa de Saquarema, no centro. Porém muitos blocos não saíram pela burocracia imposta pela prefeitura, que exigiu excessiva documentação, submetida à aprovação da Secretaria de Esporte Lazer e Turismo.
O calor levou muitos banhistas para as praias, mesmo com o mar gelado. O mau humor ficou por conta dos moradores e comerciantes que, apesar do faturamento aumentar, são os mais prejudicados pelo precário policiamento e a falta de fiscalização, com ambulantes e barracas por todo lado. Também não foram poucos os casos de depredação e invasão a residências, além das ruas entregues aos exageros dos foliões, que impuseram seus funks proibidões em altíssimos decibéis até altas horas, incomodando os vizinhos…
Entre moradores e turistas salvaram-se todos, graças aos profissionais de plantão, que atuaram dentro das possibilidades de efetivo e estrutura de suas unidades, guarda-vidas, guarda municipal, policiais civis e militares, profissionais de saúde, da limpeza urbana, entre outros que se dedicaram para manter a ordem no município. Saquarema é um lugar aprazível e acolhedor, com belas opções naturais de lazer e não pode e não deve ser entregue ao bel prazer das pessoas.
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