Está em construção coletiva o 8 de março, Dia Internacional da Mulher, no Rio de Janeiro. Como em todo ato, o processo não é fácil, pois exige maturidade para contemplar a diversidade e que consigamos conviver com as diferenças. Estamos buscando a unidade para o evento na Capital – na rua – para que ele simbolize para os outros municípios a união das mulheres na luta pelos seus direitos.
Os principais pontos da conjuntura são: conexão com os movimentos internacionais; crítica às reformas, previdenciária e trabalhista; violência ao corpo da mulher/direitos reprodutivos. Pontos em destaque: garantir a unidade para avançar na diversidade do movimento feminista; construir pautas que dialoguem com mulheres trabalhadoras que não frequentam espaços feministas; atenção para o lesbocídio; ter como pauta central a diversidade do que é ser mulher; debate sobre soberania nacional a favor do direito à terra, à água e à energia; lutar de forma mais propositiva e pautar o que queremos conquistar; apoiar a realização de uma greve de mulheres que influencie a greve geral dos trabalhadores; e estruturar os GTs – grupos de trabalho – para a organização do ato de 2018.
Foram inicialmente construídos os GTs e suas funções: Estrutura: Captação de recursos e materiais para a divulgação e realização do ato, confecção de faixas, cartazes, carro de som e afins; Programação: Organização do evento, intervenções culturais e artísticas no ato; Comunicação: Planejamento da divulgação; Manifesto: Texto que reflita os conhecimentos acumulados nas reuniões e plenárias para a construção do ato unificado; Agitação: Organização da intervenção das batucadas e escolha do cancioneiro. Ainda estão sendo organizados outros GTs necessários ao processo de construção do ato. Instituições e Movimentos Feministas e de Mulheres estão se organizando para vários eventos ao longo do mês de março.
Pensando na América Latina como uma pátria comum, firmamos parceria com uma instituição argentina que nos disponibilizou o documentário Sombras Profundas, protagonizado por mulheres vítimas de violência. Estamos em processo de tradução e legenda do filme, para que seja uma ferramenta que propicie eventos e debates. É a contribuição da AMEAS (Associação de Mulheres Empreendedoras Acontecendo em Saquarema) para o 8 de Março na Baixada Litorânea, começando por Saquarema, onde os diferentes segmentos, inclusive comércio, estarão envolvidos no apoio ao 8 de Março, numa construção coletiva e horizontal. O material também será utilizado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e pelo CEDIM (Conselho Estadual dos Direitos da Mulher-RJ) e poderá ser multiplicado pelos diversos Conselhos Municipais, serviços públicos e organismos da sociedade civil no Rio de Janeiro e no Brasil. Juntas somos mais fortes pelo 8 de março 2018.