Faleceu o engenheiro eletricista José Chacon. Membro do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), Chacon foi presidente do Diretório Acadêmico da Escola de Engenharia da UFF, trabalhou na Light, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Centrais Elétricas do Sul do Brasil (Eletrosul) e na Amazônia Mineração (Amza), entre outras empresas. Ex-presidente do CREA-RJ (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro), publicou em 1999 o livro “Brasil 21, uma nova ética para o desenvolvimento”.Presidiu a Federação das Associações de Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio de Janeiro, foi conselheiro do Clube de Engenharia e era vice-presidente do IBEC(Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos).
Engajado nas lutas políticas e socioambientais, participou da campanha da Anistia, Diretas Já e Nova Constituição. Ajudou a escrever o capítulo do meio ambiente da constituição do Estado do Rio de Janeiro. Lutou pelo tratamento dos esgotos sanitários, fez a campanha “Amar o Mar” e participou da criação da Lei Orgânica de Niterói. Chacon teve atuações marcantes na tragédia do Palace II, quando foi cassado o registro profissional de Sérgio Naya, no derramamento de 1,3 milhões de óleo na Baía da Guanabara e no afundamento da plataforma P-36, na Bacia de Campos.
Ambientalista convicto, publicou cartilhas, cartazes e jornais sobre saneamento,transgênicos,agrotóxicos e Agenda-21, sendo pioneiro na luta pela preservação dos recursos hídricos. Coordenador do Movimento de Cidadania pelas Águas, que chegou a contar com 100 Centros de Referência em todo o país, fez parcerias com a Universidade Técnica de Berlin, Ordem dos Engenheiros de Portugal, Universidade de Barcelona, na Espanha, e União Pan-Americana de Engenheiros, no Panamá.
Fotógrafo sensível, realizou exposições fotográficas como “O Barreto tem Verde”, “Serra da Tiririca”, “As Águas do Rio”, “Caminhos de Jurubatiba”, “Águas Claras de São José” e a “Retrospectiva Chacon – Revelando a Natureza”, no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio. No novo prédio do CREA-RJ, comprado em sua primeira gestão como presidente, criou um Centro Cultural, uma biblioteca e um coral. Em 2002, cobriu o CREA com a maior bandeira nacional confeccionada no país (1.925 m2), em defesa da cultura nacional. Foi também presidente da ANE – Associação Niteroiense de Escritores, que presidiu até 2006.