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Edição de Fevereiro de 2019 (edição 233)?
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Depois da tragédia em Mariana, mais um crime ambiental da Vale, em Brumadinho
Uma catástrofe anunciada. É assim que os ambientalistas classificam o rompimento criminoso de uma barragem numa mina da Vale em Brumadinho, em Minas Gerais. Segunda maior mineradora do mundo, a Vale também foi uma das responsáveis pela tragédia há 3 anos em Mariana, quando o distrito histórico de Bento Ribeiro desapareceu do mapa, invadido pela lama, deixando um rastro de 9 mortes e muitos desaparecidos. Desta vez a perda humana foi maior, com mais de 150 mortos e mais de uma centena de desaparecidos. A grossa lama da barragem de minério em Brumadinho cobriu as próprias instalações da Vale, refeitório e setor administrativo, onde pessoas almoçavam e trabalhavam. A lama atingiu também famílias da comunidade local e turistas, pois a região abriga o maior museu a céu aberto do mundo. E acabou com toda a biodiversidade local, arrastando vidas, animais e florestas por onde passou, atingindo o Rio Paraopeba. Agora, o risco é que a lama avermelhada chegue à represa Três Maria, no Rio São Francisco, que banha 4 estados: Minas, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Leia o artigo do ecologista Vilmar Berna, ganhador do prêmio Global da ONU e editor da Revista do Meio Ambiente.
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Juturnaíba em questão
Depois dos sucessivos desastres causados pelo rompimento de barragens de minério em Mariana e Brumadinho, o Conselho Ministerial de Supervisão de Respostas a Desastres emitiu uma resolução recomendando a todos os órgãos reguladores que realizem imediatamente auditorias e revisem a segurança das barragens, sejam minerais ou de armazenamento de água, como é o caso de Juturnaíba. E atualização de seus respectivos Planos de Segurança. Classificada como de “Dano Potencial Associado”, a Represa de Juturnaíba, situada entre Silva Jardim e Araruama, terá uma visita técnica promovida pelo Ministério Público Federal, em São Pedro da Aldeia, com a presença de técnicos e ambientalistas.
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Cassados a prefeita Manoela e o Peres
Foram cassados a prefeita Manoela e o secretário de Educação e Cultura, seu marido, Antonio Peres. Na ação que durou mais de 2 anos, os punidos, entre eles os responsáveis pela edição do jornal eleitoral O Radar de Saquarema, ficaram inelegíveis por 8 anos. O vice Pedro Ricardo também foi cassado, mas não ficou inelegível.
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Senado tem novo presidente
O Senado realizou as eleições mais tumultuadas dos últimos tempos no Congresso Nacional, onde não faltou cenas explícitas de mal comportamento e até fraude, com um voto a mais na urna, o que levou à anulação dos votos e a uma nova eleição. Nesta disputa entre a “velha política” e os novos, venceu o jovem senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), em seu primeiro mandato, contra o veterano Renan Calheiros (MDB-AL) que dominava a casa há mais de uma década. Assim, pela primeira vez o DEM preside as duas casas, a Câmara Federal, com o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), reeleito, e o Senado com um novato apoiado numa aliança integrada por representantes da direita e da esquerda.