No prefácio do livro “Minhas Histórias”, o Coronel Garcia, como é conhecido em Saquarema, é descrito pelo seu prefaciador, o brigadeiro Luiz Sérgio, assim: “José Garcia Gomes. O meu, o seu, o nosso Garcia”. Em seguida: “Alma simples, leal, verdadeira, corajosa, coração aberto aos que ama e considera.” No final do prefácio, faz as considerações: “Sem tratar-se de escritor profissional, a leveza do texto levará o leitor a participar de maneira mais íntima, tornando Garcia mais próximo, um pedacinho pra chamar de seu”.
É verdade, para quem conhece de perto o homem simples, alegre, sempre sorridente que frequentava com assiduidade as sessões da Câmara Municipal, não raro pontuando com ironia as cenas políticas que assistia… Pois é, é com essa mesma ironia que Garcia descreve momentos de sua vida mutante, vivendo em muitas cidades, como engenheiro aeronáutico, até se aposentar e se mudar definitivamente para Saquarema, onde vive em sua casa, com a esposa Rose, em Itaúna.
De família simples, com pai oriundo de Portugal, Garcia aos 9 anos foi ajudante de padeiro e viveu sua mocidade em Botafogo, até se transferir para Minas Gerais, onde iniciou seu aprendizado na Aeronáutica. No livro, pedaços de sua trajetória e muitas lembranças da vida profissional. Vascaíno, como a maioria dos “portugas”, às vezes dá uma de poeta, como no poema dedicado à pequena Manoela, com que encerra o livro, onde também homenageia a veterana Nelly Nepomuceno, mãe do amigo e vizinho Dinart, ambos presentes no lançamento do livro, na Padaria da Ponte, entre amigos e parentes presentes na noite em homenagem ao Garcia.
Presente também o amigo – desde os tempos em que serviam juntos na Aeronáutica – Edinho, que foi quem lhe apresentou Saquarema, cidade que escolheu para viver. Pai de três filhos, Ana Cláudia, Cláudio Eduardo e Danielle, Garcia é um homem realizado. Só faltava publicar um livro, o “Minas Histórias”. Pronto! Serviço completo!