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Em tempos de Covid-19 melhor é ficar em casa

Editorial - Dulce Tupy

Desde que começou essa pandemia do coronavírus que provoca a Covid-19, me recolhi em casa, com raras exceções, idas à farmácia e ao supermercado, incluindo uma ida a Niterói, no início do mês passado, para pegar os pacotes dos jornais impressos na Gráfica Esquema. Sei que foi uma temeridade, até porque havia barreiras na estrada. Eu e o motorista do uber estávamos de máscara, mas mesmo assim, tivemos que parar num posto de gasolina e viajamos o tempo todo estressados com a possibilidade de sermos parados pela polícia rodoviária. Felizmente, conseguimos ir e voltar. Mas ficou claro, a partir daí, que não terei a chance de mandar imprimir a edição do jornal O Saquá no mês de maio. Esta edição de número 248, de maio de 2020, será a primeira edição exclusivamente digital, no site que está na internet desde dezembro de 2010: osaqua.com.br.

Para mim foi um susto cair na real, quer dizer, totalmente na era digital! E surgiram várias dúvidas. Os leitores e os anunciantes do jornal vão aceitar esta versão digital, sem a versão impressa? E aqueles que já se acostumaram a ler todos os meses o jornal, folheando as páginas? Sinceramente, eu adoro o jornal impresso, embora também leia jornais na internet habitualmente. Mas eu acho o papel do jornal insubstituível. Por isso, em reunião com a equipe do jornal, em especial meu marido e sócio, o fotógrafo Edimilson Soares, chegamos à conclusão que a única maneira de continuar editando o jornal, a partir do mês de maio, seria manter a versão digital, o site, e suspender provisoriamente a edição impressa. Se necessário for, e ainda estivermos sob o manto do isolamento social, a quarentena, também manteremos o mesmo esquema na edição de junho, dependendo da pandemia, retornando ao impresso somente em julho, quando o jornal fará 20 anos!

QUARENTENA

Nossos dois colaboradores/colunistas, o jornalista Silênio Vignoli e a escritora e poeta Beatriz Dutra, concordaram com esta medida, pois não podemos ignorar os fatos. A Covid-19 está aí, em todo canto, avançando sobre os pulmões das pessoas mais fracas, os pobres e desvalidos, apesar de atacar também as classes médias e altas. Amigos permanentes do jornal como o ambientalista Luiz Lopes, criador da ARIE (Área de Relevante Interesse Ecológico) de Jaconé e membro do Museu de Conhecimentos Gerais, infelizmente foi contaminado, mas felizmente já está em casa, de quarentena, e tomando toda a medicação necessária, vários remédios e se utilizando de pitadas de açafrão, que é o antibiótico natural por excelência, que consta da medicina tradicional indiana e da brasileira também.
Meu coração dispara, cada vez que vejo alguma autoridade falando besteira, na tentativa de reduzir o isolamento social, única forma comprovada de reter a pandemia, porque o vírus está solto no ar! Em qualquer lugar estamos em contato com o coronavírus e mais cedo ou mais tarde todos, ou quase todos, seremos contaminados. Esta é a cara do presente, sem retoques, sem maquiagem. Portanto, fiquem em casa. Leiam o jornal O Saquá pela internet, no site osaqua.com.br e/ou acompanhem também as notícias pelo facebook ou pelo instagram. É o que podemos fazer no momento…

Neste momento de isolamento, propício às reflexões, vamos verificar como tudo muda e o mundo no futuro, pós-pandemia, nunca mais será o mesmo. Devido à redução dos aviões, mais aves estão voando, com liberdade, soberanas no céus. Os peixes e a vida aquática marinha estão sobrevivendo em melhores condições, o mar está ficando claro, transparente. No chão da Terra, os animais estão mais à vontade para ir e vir, e em vários locais estão passeando pelas cidades vazias… Com pouca poluição no ar, devido à pouca mobilidade urbana, cidades cinzentas estão revelando o céu azul. Com mais silêncio nas cidades e nos bairros, mais aves nas árvores aparecem com seus cantos magníficos. É uma compensação valiosa, que estamos tendo nestes tristes tempos de pandemia.

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