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Rede Águas em nova era

Dr. Marcelo Silveira, coordenador da Rede Águaa, Sustentabilidade e Segurança Alimentar (Foto: Divulgação)

Coordenada pelo engenheiro Marcelo Silveira, herdeiro de fato do Movimento Cidadania pelas Águas (MPCA) fundado pelo saudoso José Chacon, ex-presidente do CREA-RJ (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), a Rede Águas, Sustentabilidade e Segurança Alimentar se reuniu no dia 5 de maio, através do whatsapp, para definir os rumos da rede que obrigatoriamente terá que tomar, em tempos pandemia. Na ocasião, foi apresentado o documento “Por uma cidade mais sustentável”, bandeira que o pioneiro Chacon já levantava em 1997, no MCPA, tendo inclusive publicado em 1999 o livro “Brasil 21, uma nova ética para o desenvolvimento”, hoje praticamente esgotado.

Marcelo fez parte do MPCA, junto com Chacon e hoje retoma a luta ambiental, na consolidação da Rede Águas, Sustentabilidade e Segurança Alimentar, que já promoveu dois simpósios e se preparava para o terceiro, quando chegou a Covid-19. Mas Marcelo, coordenador da Rede, não perdeu o rumo. Ao contrário, vem ampliando a Rede para o interior de estado e para todo o país.

NOVA REALIDADE

“As mudanças climáticas estão aceleradas e o que vemos são catástrofes pelo mundo e pelo Brasil. O ser humano tem que começar a entender que não existe mais espaço para um mundo que não se preocupe com a preservação e a sustentabilidade. Temos que começar esta mudança, mesmo com ações pequenas que se tornam grandes quando se juntam”, diz Marcelo. Na primeira reunião exclusivamente pela internet, através do whatsapp, as principais propostas do documento foram: diminuição do lixo doméstico, melhor aproveitamento das águas das chuvas, permeabilização do solo urbano, reflorestamento das encostas e mananciais, utilização de energias sustentáveis, frota de veículos não poluentes, transportes mais eficientes, economia circular e alimentos mais saudáveis.
“Para haver esta mudança, os governos devem ser os primeiros a ter em seus equipamentos públicos essas ações propostas; com elas haverá diminuição dos gastos públicos e melhor qualidade de vida para todos”, explica o engenheiro. “Também é importante termos núcleos comunitários da Rede Águas, Sustentabilidade e Segurança Alimentar, desenvolvendo ações independentes das ações governamentais”, considera.

TERCEIRO SIMPÓSIO

Livro do engenheiro e ex-presidente do CREA-RJ José Chacon, um pioneiro das lutas ambientais no Brasil, especialmente pela Água

Também coordenador da Rede Águas em Niteroi, Marcelo faz um balanço do movimento que hoje já conta no Rio de Janeiro com 11 grupos regionais, além do grupo nacional e de um grupo geral. “Hoje temos mais 200 pessoas envolvidas ”, contabiliza o coordenador da Rede que, antes da pandemia, estava prestes a realizar o Terceiro Simpódio da Rede Águas, no CRBio-02 (Conselho Regional de Biologia do Rio de Janeiro), adiado devido à pandemia do coronavírus. Foi o que aconteceu também com a CLEMARJ (Conferência Livre de Meio Ambiente do Rio de Janeiro) que seria em março, com apoio da Rede Águas, no Teatro Oscar Niemeyer, em Niterói, e também foi adiada… Reuniões, conferências, assembleias, agora só pela internet, devido ao necessário isolamento social.
Para o Terceiro Simpódio “Saneamento, Biodiversidade e Economia Circular” já haviam 90 inscritos. E o arquiteto e geógrafo do IBGE-RJ (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Alexandre Teixeira, preparou sua palestra, com foco na hidrologia florestal, riscos e impactos nas sociedades. Outra ação da Rede é a edição da Revista Águas, que pode ser acessada pela internet.

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