Acusado de fraudes na contratação de fornecedores dos hospitais de campanha, no combate a pandemia do coronavírus, entre outras acusações na Saúde, o governador Wilson Witzel está sob processo de impeachment na Assembleia Legislativa. Com 69 votos favoráveis e nenhum contra, o pedido se baseia em ações do Polícia Federal que investiga a instalação de 7 hospitais de campanha que seriam instalados no Estado do Rio de Janeiro e que, passados quase 3 meses, apenas um foi entregue, o do Maracanã, funcionando precariamente.
O pedido de impeachment apresentado pelos deputados da oposição, Luiz Carlos e Lucinha, ambos do PSDB, investiga se houve crime de responsabilidade. O governador disse que orientou os próprios deputados do seu partido, PSC, a votarem a favor do impeachment, pois considera que durante o processo poderá provar que é inocente. Segundo o governador, 1,6 mil leitos foram abertos para o Covid 19, apesar dos erros cometidos pela Iabas, empresa c5ontratada para a construção dos hospitais.
Após a criação da Comissão Especial na ALERJ, que analisará a denúncia, Witzel terá até 10 sessões para se defender. Durante o processo, será lido em plenário o parecer da Comissão Especial, que será votado em seguida pelos deputados, o que deve durar mais de um dia. Encerrada a discussão, é aberta votação nominal. Para aceitar o pedido de impeachment, serão necessários 36 votos, maioria absoluta. Se aprovado, Witzel é afastado do cargo e o Tribunal de Justiça forma um tribunal misto (juízes e deputados) para decidir, se quem toma posse é o vice-governador, o cantor gospel Cláudio Castro (PSC) ou o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT).