Uma superfábrica de vacinas, com uma área de 580 mil metros quadrados, será construída no Distrito Industrial de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. Previsto para funcionar em 2023, o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS) vai gerar 5 mil empregos durante a obra e outros 1.800 nas atividades de produção das vacinas, inclusive a da COVID-19, além de biofármacos.
Em uma reunião da diretoria da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro (Codim), a Fundação Osvaldo Cruz ( Fiocruz) e o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) foi assinada a escritura definitiva do terreno, que já recebeu, desde 2010, R$ 1 bilhão em terraplangem, estaqueamentos, construção dos blocos e cintas e aquisição de equipamentos de produção. Agora, a Fiocruz busca investidores privados para concluir a obra orçada em R$ 3,3 bilhões, para a implantação do complexo.
A superfábrica terá nove prédios, englobando processamento final, embalagem, armazém de matéria-prima, armazém de produto terminado, controle e garantia da qualidade, utilidades em geral e centrais de tratamento de resíduos e efluentes. A capacidade de produção é estimada em 120 milhões de frascos de vacinas e biofármacos por ano, podendo aumentar dependo dos produtos.
Além disso, o empreendimento vai atrair novas empresas para o local, como de fabricação de frascos, rolhas, tampas, caixas e outros insumos utilizados no processamento final de vacinas e biofármacos que serão produzidos pela Fiocruz no CIBS, um dos mais importantes empreendimentos industriais a serem apoiados pelo governo do Estado do Rio de Janeiro, em seu projeto de recuperação econômica.
Para combater a COVID no Brasil, um grupo de empresas anunciou o investimento de R$ 100 milhões para produção de vacinas: Ambev, Americanas, Itaú Unibanco, Stone, Instituto Votorantim, Fundação Lemann, Fundação Brava e Behring Family Foundation. Com os investimentos, a iniciativa para o controle da epidemia no país pretende construir uma fábrica para que se produzam vacinas contra a COVID-19, no Rio de Janeiro, que deve ficar pronta até 2021.
Essa estrutura será doada a Fiocruz, responsável pela distribuição dos imunizantes no Brasil. Nesta unidade, deve ser produzida a vacina que está sendo desenvolvida pela Universidade de Oxford, junto ao laboratório farmacêutico britânico AstraZeneca, que já está na fase III de testes no Brasil. A Ambev será co-responsável, junto com Fiocruz, pela gestão e execução do projeto de montagem da fábrica, sob supervisão técnica de Bio-Manguinhos.
O Jornal de Saquarema