“O país está cheio de ouvir mensagens extraídas do celular. Pede, carece, precisa de um pouco de poesia, mesmo sabendo que estamos numa hora dessas”, escreveu o renomado Joaquim Ferreira dos Santos, em sua crônica “Amor em tempo de delação premiada”, no jornal “O Globo, de 14.09.2020. “O país precisa de um pouco de POESIA.” Viva!, digo eu! Porque estou muito bem acompanhada. Desde que a pandemia nos aprisionou, tenho divulgado em vários “zapps” culturais: Em tempo de pandemia, POESIA… POESIA… P-O-E-S-I-A!…Pois bem, então, eis uma seleção de alguns poemas que divulguei com ampla repercussão nas redes sociais.
“SILÊNCIO”, de Dorée Camargo: “Quero silêncio / Para ouvir a natureza, / O cair das folhas, / O martelar do pica-pau nos troncos / E sorrir / Quero silêncio / Para ouvir o regato / O soprar do vento / O vibrar do beija-flor / E sonhar / Quero silêncio / Para ouvir o grito da gaivota / As asas do anjo do amor / O canto do meu coração / E cantar / Quero silêncio / para ouvir a voz do Criador / E amar / E através desse amor / Criar.” (Revista RenovARTE da UBE-RJ, 2008 – Ano I – nº 1 – Rio de Janeiro – Brasil).
“A HORA É AGORA”, de Nilza Freire: “Melhor não perder o agora / Aproveita, aprende e explora / O momento não cristaliza / Nem volta se você precisa / A atitude mais inteligente / É lidar com os problemas de frente / Usar armas e canhões / Para enfrentar karmas e dragões / O preço de uma vida de paz / e o alívio que isso traz / É agir na hora certeira, / mas essa virtude é inata, / nunca se ensina a quem queira / Portanto direi uma vez mais / num sopro o momento se esvai / Persiga e capture o agora / Tranque-o e jogue a chave fora!” (“Magia do Tempo”, de Nilza Freire, Ed. Rede Sem Fronteiras, Rio de Janeiro, 2016.).
“SER BRASILEIRO”, de Rachel Levkovits: “O vírus da tristeza não é brasileiro. / Apaixonado pela vida, não se rende à dor / Alma de menino, amor cristalino, / supera e vence o inferno e o horror. / A chuva tirou o seu lar, os filhos, tudo, / mas não roubou a esperança. / Seu caso de amor é sua fé, sagrada, / de um amanhã melhor. / É a força criadora, fonte que planta, / onde nasce sua coragem. / Chora o agora, logo sorri. / Ser brasileiro é ser mais forte / que a força da desgraça, / é ver na tragédia uma graça. / É ser solidário, ajudar o próximo./ Ser brasileiro é o máximo!” (“Encontro de Escritores Argentina & Brasil, Rachel Levkovits, Rosario e San Lorenzo, Argentina, 2012”.).
E “ESPERANÇA”, de Beatriz Dutra: “Ser capaz de aguçar o olhar / e perceber / um ínfimo e longínquo /ponto de luz, / quando / tudo parecer perdido, / na escuridão absoluta… / Ser capaz, ainda, / de reunir forças desconhecidas / e conseguir / rumar para ele… / É deixar-se guiar / pelo lume da ESPERANÇA, / que salva e vivifica.” (“Suavidade”, de Beatriz Dutra, ZMF Editora, Rio RJ, 2014).
Sim!… O Brasil precisa de POESIA… POESIA… P-O-E-S-I-A!