Uma doença tão devastadora como a COVID 19 marcou o ano de 2020 de forma absoluta. Transmitida por um coronavírus que já sofreu mais de 20 mutações, a COVID 19 matou no Brasil mais de 160 mil pessoas e mais de 200 mil pessoas nos Estados Unidos, países que lideram o trágico hanking mundial. Tanto lá como cá, a desgraça maior foi ter na figura de seus presidentes – Ronald Trump e Jair Bolsonaro – exemplos de atos de irresponsabilidade social que agravaram a crise, ao demonstrarem soberba em vez de precaução contra o coronavírus.
Ao se considerarem super-homens, eles negligenciaram medidas protetivas como o uso de máscaras, abusando do contato com a população sem barreiras, o que levou que se contaminassem com a doença, apesar do desdenho com a pandemia da COVID 19. Tanto um como outro foram obrigados a sair do foco dos holofotes da mídia e se resguardaram em suas residências, com cuidados médicos intensos. Mesmo assim, tendo sofrido com a contaminação pelo cornavírus, continuaram desafiando o destino de milhões de pessoas, abusando do contato direto com seus eleitores, sem o uso de máscaras, uma precaução elementar. O resultado foi uma onda de contaminados tanto na Casa Branca, nos Estados Unidos, como no Palácio do Planalto, em Brasília.
OBRIGATORIEDADE DA VACINA
A COVID 19 foi declarada pela Organização Mundial da Sáude pandemia desde 11 de março. Oriunda de um mercado que vendia animais silvestres vivos e mortos, com poucas condições de higiene, em Wuan, na China, a doença logo se espalhou pelo mundo contaminando milhões de pessoas. No início, alguns achavam que era apenas uma “gripezinha” – inclusive Trump e Bolsonaro – e que logo iria passar. Mas não foi o que aconteceu. Ao contrário, as buscas por uma vacina em vários países demonstra que o fim desta pandemia ainda está longe!
A Lei 13.979 de 2020 dispõe sobre medidas que poderão ser adotadas para enfrentamento da pandemia e, em seu artigo terceiro, diz que as autoridades poderão adotar a realização compulsória de vacinação, ou seja, a obrigatoriedade da vacina. Uma coisa tão óbvia, no entanto, virou um debate estéril entre o presidente Bolsonaro, que é contra a obrigatoriedade da vacinação em massa, e as autoridades sanitária do país, inclusive do Ministério da Saúde, do SUS (Sistema Único da Saúde) e da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
A vacinação é uma medida profilática incluída até no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), no Brasil. Portanto, comprovada a eficácia da vacina, é provável que as autoridades competentes declarem a vacinação obrigatória, independente da posição do Governo Federal. Se será comprada em laboratórios da China, como a CoronaVac, ou do Reino Unido, produzida pela Universidade de Oxford, é o de menos. A vacina é a única esperança na guerra contra à COVID 19.