O ano de 2020 foi um ano que emblemático que trouxe uma ruptura em todo o planeta, com a pandemia da Covid-19. Todos os países e os cidadãos do mundo foram afetados. Milhões de pessoas foram contaminadas e milhares morreram, deixando um rastro de dor irreparável. Mas o ano passado terminou e um Novo Ano Novo se inicia, com promessas e expectativas. No dia 21 de dezembro, formalmente entramos numa transição para a Era de Aquário, embora ela só venha a se iniciar de fato no ano 2160.
Desde os anos 70, nas comunidades hippies se falava na Era de Aquário, quando a humanidade iria ser mais coletivista do que individualista; haveria maior compreensão na face da Terra, em harmonia com a natureza. Essas eram as previsões. Mas o coronavírus e suas constantes mutações tornaram-se um desafio para a bonança que a Era de Aquário previa. A conjunção dos astros Júpiter a Saturno, ocorrida em dezembro passado, vai permanecer por muito tempo, como ocorreu com a Era de Peixes que se iniciou com o nascimento de Cristo e está se encerrando agora.
Ficarmos 200 anos no signo de Capricórnio, do elemento Terra, e chegamos agora à Era de Aquário, do elemento Água. Portanto, o ano 2021 será um ano mais leve, com inovações e voltadas para o bem comum. Nesse sentido, a humanidade já está vivendo uma nova era, ao se deparar com uma doença como a Covid, que não tem fronteiras e nos levará, obrigatoriamente, a uma nova ordem mundial. A entrada do verão no hemisfério sul, com o encontro de Júpiter e Saturno a zero grau em aquário, marcou também o fim de um ciclo de 800 anos! Assim, o verão anuncia uma tomada de consciência coletiva, inaugurando um período de transição para a Era de Aquário.
Como símbolo desta época que vivemos, de puro individualismo, o culto ao corpo nas sociedades contemporâneas foi o objeto de estudo da dançarina, fisioterapeuta e socióloga Marta Peres. Em seu livro “Corpos em obra”, a autora analisa a “corpolatria” de nossos dias, como explica o mestre Jurandir Freire, no Prefácio do livro. Em sua segunda edição, o livro de Marta traz uma reflexão sobre a idolatria do corpo narcisista. E opõe essa busca infinita pela “boa forma” a um estilo de vida pós-moderno, dando seu próprio exemplo. “Comecei a fazer por zoom aulas com a Lia Caldas e Pedro Stabile, da Hanuman Ashtanga Yoga, e busco novas maneiras de me divertir”.
Nos tempos atuais, de verdadeira transição cósmica, é necessário buscar novas formas de estar no mundo, buscando uma convivência cada vez mais integrada com a natureza. A doença que veio do desequilíbrio da Terra, comprovadamente, não está trazendo só estragos, mas também um nível de consciência que possibilitará no futuro novas maneiras de interagir, tanto nas relações pessoais, como entre os países. É uma visão holística, com a qual teremos de conviver daqui para sempre. E que cheguem logo as vacinas!
O Jornal de Saquarema