Sim!… Jamais poderia imaginar, que um dia em minha vida, veria esta notícia: “Desmatamento furta cor de borboletas da Amazônia. Cientistas brasileiros e britânicos descobrem que nas áreas devastadas da floresta, insetos estão menos coloridos. É uma marca clássica de mudança ambiental detectada já no século XIX, após a poluição causada pela Revolução Industrial.” (O Globo, 2/05/2021).
Perplexidade absoluta!… Quer dizer então que as borboletas, essas criaturinhas belas, poéticas, encantadoras, que tanto alegram e embelezam a vida estão perdendo suas cores em razão do desmatamento na Amazônia?
Sim!… É a dolorosa e assustadora verdade. – “Mostramos pela primeira vez que a Amazônia está ficando menos colorida e perdendo os mais vistosos de seus habitantes devido ao desmatamento” – afirma o biólogo Ricardo Spaniol, do Programa de Pós-graduação em Ecologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Logo as borboletas!… Esses seres que são pura magia e de tantas virtudes! Vejam: a) elas são oriundas de um processo de transformação (metamorfose) de uma lagarta (larva) à borboleta (imago), que pode demorar de 10 a 15 dias; b) suas antenas percebem odores e a parte de baixo de sua seis pernas possuem receptores que captam informação sobre o sabor dos alimentos; sua língua lembra uma tromba enrolada e estica, por exemplo, para sugar o néctar das flores; c) as borboletas têm milhares de pequenos olhos que lhes dão uma super visão: conseguem enxergar em um raio de 360 graus e podem ver raios ultravioletas, invisíveis para os seres humanos; d) Elas são excelentes agentes polinizadores, ou seja, ajudam a espalhar as sementes e o pólen das flores; e) para voar, dependem da energia do sol, captada por suas asas; f) a abundância de borboletas indica geralmente que o ecossistema está saudável…
Mas haveria ESPERANÇA de que o quadro desolador da Amazônia se modificasse? Consta no referido jornal “O Globo”, na matéria de autoria de Ana Lucia Azevedo: “Os cientistas enxergam ESPERANÇA em projetos de restauração. Pois, em áreas de pastagens e plantações abandonadas há 30 anos, há espécies coloridas voltando. E conclui o cientista Ricardo Spaniol: “Existe chance de trazer de volta parte da biodiversidade e resgatar um patrimônio destruído. Mas é preciso investir em restauração e regeneração da Amazônia.”
O recado está dado. A solução também. Mas falta o principal: o Estado efetivamente atuar para a restauração e regeneração das áreas degradadas da maior Floresta Tropical deste Planeta!
O Jornal de Saquarema