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É preciso vacinar adultos e crianças contra COVID

Editorial - Dulce Tupy

Países europeus começaram, no dia 15 de dezembro, a vacinação de ciranças de 5 a 11 anos contra a Covid-19. A vacina que está sendo aplicada é a da Pfizer, em uma dose menor que a dos adultos. Antes, em novembro, a vacinação dessa faixa etária foi aprovada no Canadá e nos Estados Unidos. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a aplicação da vacina em crianças no dia 16 de dezembro, mas até agora as crianças brasileiras ainda não foram vacinadas.

Na América Latina, crianças estão sendo vacinadas na Argentina, Chile e Cuba, sendo Cuba o país com mais alto grau em vacinação contra COVID e começou a vacinação das crianças a partir de 2 anos de idade. Na China, governos locais anunciaram que crianças de 3 a 11 anos são obrigadas a receber a vacina. Na União Europeia, vários países já estão vacinando suas crianças: Alemanha, Espanha, Grécia, Hungria, Itália, Dinamarca e Áustria. Ou seja, a vacinação infantil é uma unanimidade mundial. Só aqui, o presidente da República e seus negacionistas tacanhos, com suas posições retrógradas, se negam a admitir as evidências de que é preciso vacinar!

MAIORIA FAVORÁVEL

No Brasil, chegou a ser colocada a exigência de receita médica para vacinação, o que acabou sendo descartada, porque com a enorme desigualdade social que vivemos, a maioria das crianças não tem acesso a médicos. Contrariando a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a instituição que dá o parecer final sobre vacinas no Brasil, o governo do presidente Bolsonaro e seu ministro da saúde abriram uma consulta pública para discutir a vacinação de crianças de 5 a 11 anos e levaram um banho nas respostas, com a maioria favorável à vacinação!
Mesmo assim, o presidente mais desinformado da história do Brasil continuou criticando a vacinação infantil e disse que o número de crianças mortas por COVID é “quase zero”, o que é mentira! Segundo o Ministério da Saúde, foram 308 mortes nesta faixa etária, desde o início da epidemia. A Sociedade Brasileira de Pediatria repudiou as declarações do presidente. Toda essa polêmica acabou atrasando a vacinação infantil que já poderia estar ocorrendo, antes da volta às aulas. Porém, agora, avista-se um luz no fim do túnel.

A data do início da imunização infantil ainda não foi marcada pelo governo federal, neste início de janeiro, mas já se sabe que o primeiro lote das vacinas pediátricas vai chegar no dia 13 de janeiro e a distribuição para os estados deve começar no dia seguinte. Em seguida, as vacinas serão enviadas para os municípios, responsáveis pela aplicação das doses da vacina. A vacina será dada em duas doses, com 21 dias de intervalo, como no caso dos adultos. O frasco da vacina para crianças terá uma cor diferente da aplicada em adultos; será na cor de laranja, para ajudar os profissionais de saúde na hora de aplicar a vacina.

VARIANTE PREOCUPANTE

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a variante Ômicron da COVID 19, no dia 26 de novembro, como “variante de preocupação”, com maior poder de contaminação dos que as variantes anteriores: alfa, beta, gama e delta. A primeira morte devido ao Ômicron foi em 13 de dezembro, no Reino Unido. A variante Ômicron foi reportada à OMS em 24 de novembro pela África do Sul, um país com baixíssima taxa de vacinação.

· No Brasil, o primeiro caso de morte devido à contaminação pelo Ômicron foi no início de janeiro, mas já se sabe que o vírus está se espalhando rapidamente em todo o país, atacando inclusive pessoas já vacinadas, aumentando o número de casos de internação nos hospitais. Neste caso, mais que nunca é preciso se proteger com máscaras, distanciamento social, mesmo em ambientes ventilados, e uso de álcool para higienização das mãos. Nada diferente do que já fazíamos antes, porém agora com mais intensidade e consciência.

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