Quando a pandemia começou, indiquei aos leitores, parentes e amigos: Em tempo de pandemia, poesia, poesia, POESIA!… Por que? Porque se a POESIA está presente no poema, na prosa, nas letras de músicas, na natureza, na VIDA, ela produz encanto, beleza, sentimento de bem-estar e fortalece o nosso estado emocional… Por que? Porque ela é “a linguagem dos anjos”, para Machado de Assis; e “a linguagem do indizível”, para Göethe… Então, nesta época de tanto sofrimento para a Humanidade, a verdadeira POESIA só pode fazer BEM!… E confesso: fiquei feliz, muito feliz, quando lia a recente notícia no jornal: … “Psiquiatra prescreve poesia aos pacientes”… “A história do médico Norman Rosenthal e de outros especialistas que aliviam a dor da perda, tristeza e raiva com a arte poética” (“O Globo”, de 11/03/2022).
Para o Dr. Norman Rosenthal, psiquiatra de Maryland e professor clínico de Psiquiatria da Escola de Medicina da Universidade de Georgetown, “a poesia pode servir como uma vacina para a alma.” Disse ele: – “Eu amo poesia desde que aprendi a ler, e ela tem sido uma fonte de conforto e consolo para mim em diferentes momentos da minha vida. Como terapeuta, colecionei poemas ao longo do caminho que achei que tinham o poder de curar, inspirar ou, no mínimo, trazer alegria.” Ele reuniu esse material no livro “Poetry Rx. How 50 inspiring poems can heal and bring joy to your life”. (“Poetry Rx: Como 50 poemas inspiradores podem curar e trazer alegria à sua vida”, ainda sem tradução no Brasil.)
“Em um mundo tão marcado pela perda e privado de prazer, ele acredita que a poesia pode ajudar a preencher os vazios, oferecendo um breve retiro de um mundo conturbado e a esperança de um mundo melhor” – comenta Jane E. Brody, do New York Times.
Portanto, amigos, para aliviar o estresse da vida atual, POESIA!… POESIA!… POESIA!…
“O homem é aurora e crepúsculo, luz e sombras.” (Tarcísio Padilha). “O amor é estrelas.” (Guimarães Rosa). “Tu pisavas nos astros distraída, / sem saber que a ventura desta vida, / é a cabrocha, o luar e o violão.” (Orestes Barbosa). “Se todos fossem iguais a você / Que maravilha viver…” (Vinicius de Moraes). “Só a beleza salvará o mundo” (Dostoiévski). “Entre a morte e a eternidade, / o amor, / essa memória para sempre.” (Cecília Meireles). “Mas as coisas findas / muito mais que lindas / essas ficarão.” (Carlos Drummond de Andrade).
Amigos, a beleza está na sutileza, e Deus e a POESIA, no sublime!
Até a próxima, queridos leitores. BD
O Jornal de Saquarema