Em fevereiro de 2022, há exatos 90 anos, as mulheres brasileiras conquistaram o direito da plena cidadania, passando a poder votar e serem votadas. Foi um grande passo na luta pela equidade que marcou a trajetória de sufragistas e lideranças femininas no nosso país.
Segundo o site da Justiça Eleitoral, a história registra nomes como Celina Guimarães Vianna, primeira eleitora brasileira, em 1927; Alzira Soriano, a primeira prefeita eleita em 1928; Carlota Pereira de Queirós, a primeira deputada federal em 1934; e Bertha Lutz, única mulher na delegação brasileira na Conferência de São Francisco, que criou a Organização das Nações Unidas (ONU) em 1945, entre outras. Elas foram as precursoras que asseguraram o direito das mulheres de participar da vida política do Brasil.
Mas ainda estamos longe do ideal. Basta ver a dificuldade das mulheres na vida política e nos partidos, onde entram através de cotas. No mercado de trabalho a mulher já galgou degraus importantes em grande parte das profisssões, embora na maioria das vezes, com salários menores do que os homens, nas mesmas ocupações.
A tradição machista, que tenta manter mães, esposas e filhas longe da política, é uma característica não só do Brasil, mas de toda a América Latina, países Africanos e Asiáticos. Muitas vezes, também existe o uso das violências morais e físicas contra a mulher que deseja ser política.
As barreiras para a mulher alcançar o pleno exercício da política começa dentro das próprias famílias. Segundo Cristine Peter, secretária-geral do TSE (Tribunal Susperior Eleitoral), “é necessário uma revolução cultural”.
As mulheres são a maioria do eleitorado brasileiro e poderiam se unir para apoiar candidaturas e eleger políticas do gênero feminino, contribuindo para a equidade nas casas legislativas do país. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, o percentual de deputadas federais é de apenas 16%, muito longe do que as mulheres representam na vida social.
O Jornal de Saquarema