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Lula toma posse em clima de festa no Congresso e no Planalto

Janja fez o cerimonial da posse e colocou representantes do povo brasileiro para subir a rampa do Palácio do Planalto junto com Lula. Até a cachorrinha Resistência participou da subida da rampa do Palácio simbolizando a proteção aos animais (Fotos: Divulgação Internet)

Houve muita expectativa sobre como seria a posse de Lula em seu terceiro mandato como presidente da República. Havia mesmo um certo receio de ataques bolsonaristas, apesar de todas as medidas de proteção anunciadas pelo ministro da Justiça, Flávio Dino.

POVO BRASILEIRO

Assim, Lula assinou seu Termo de Posse no Congresso, onde foi muito aplaudido e de onde saiu para o desfile em carro aberto com a esposa Janja, o vice-presidente Alckmin e esposa Lu, todos elegantemente vestidos. Na subida da rampa do Palácio do Planalto, chamou atenção a roupa de Janja – com pantalonas, colete e um blazer com uma leve cauda dourados – um look assinado pelas estilistas Helô Rocha e Camila Pedroza, com bordados feitos pelas rendeiras de Timbaúba do Batista, na região do Seridó, Rio Grande do Norte.

Até o alto da rampa foram se juntando outros coadjuvantes: o cacique Raoni Metuktire, 90 anos, líder do povo Kayapó, respeitado por todo o movimento indígena nacional e internacional, o menino negro de 10 anos Francisco do Nascimento e Silva, o professor Murilo de Quadros Jesus, a cozinheira Jucimara dos Santos, o influenciador digital e deficiente cerebral Ivan Pereira e o operário metalúrgico Weslley Rocha, todos representando a diversidade do povo brasileiro.

Ladeados pelos magníficos Dragões da Independência, O grupo convidado por Janja, responsável pela cerimônia de posse, deram o toque de solidariedade e calor humano que faltava, já que o ex-presidente Jair Bolsonaro se recusou a passar a faixa presidencial a Lula. Quem colocou a faixa em Lula foi a catadora de materiais recicláveis Aline Sousa, 33 anos, do Distrito Federal. E ainda fez parte do grupo que subiu a rampa a cachorrinha viralata Resistência, que acompanha o casal presidencial desde os tempos duros da prisão em Curitiba que durou 580 dias.

LÁGRIMAS E APLAUSOS

Finalmente, no parlatório, o discurso de Lula foi emocionante, arrancando aplausos e lágrimas dos 40 mil eleitores que estavam na Praça dos Três Poderes. A plenos pulmões, Lula afirmou que “vamos reconstruir esse país”. E encerrou com “Viva o povo brasileiro!”, título de um livro e expressão muito comum nos discursos do saudoso antropólogo Darcy Ribeiro, quando senador pelo PDT há anos atrás e que completaria 100 anos em 2022. Falando aos adversários, Lula prometeu responder com amor ao ódio inspirado no fascismo assumido do governo passado. E exclamou: “Democracia para sempre”, levando o público ao delírio!

Emocionado, Lula chorou sim, quando falou do avanço da miséria e da fome no Brasil, um problema social que já havia sido superado em seus dois governos anteriores. E prometeu agora, em seu terceiro mandato, a ampliação dos direitos sociais, individuais e coletivos “em benefício da população e da soberania nacional”. Abordando a questão econômica e a ambiental”, ainda disse: “Hoje nossa mensagem é de esperança”, sendo mais uma vez ovacionado pela plateia gigante que participou da cerimônia de posse.

Duas elegantes, mas com estilos diferentes: Janja Lula da Silva e Lu Alckmin

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