Fernando Pacheco é um dos grandes artistas plásticos da atualidade no Brasil e sem dúvida o maior de Minas Gerais, onde nasceu e vive até hoje. Nascido em São João del Rey, Fernando passou sua adolescência entre Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Saquarema, onde seu pai tinha uma casa de veraneio no Boqueirão. Casado com a fotógrafa Nina Pacheco, pai de dois filhos e com dois netos, Fernando comprou um terreno em Barra Nova e se instalou em frente ao mar – ê mar grande! – numa casa com um atelier aconchegante que frequenta assiduamente, principalmente no verão.
Foi em Barra Nova que conheceu o casal Mário Barata e Tiziana Bonazola, ele é um dos mairores críticos de arte do Brasil e do mundo e ela uma grande pintora, com muitas exposições e quadros sobre o mar de Saquarema e as delicadas flores da Restinga e da Mata Atlântica saquaremense. Amigo da jornalista Dulce Tupy, que conheceu no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, quando a jornalista e editora do jornal O Saquá expôs fotos do carnaval Angolano e lançou seu livro Carnavais de Guerra, o nacionalismo no samba, Fernando Pacheco ficou impressionado com a coincidência do encontro que tiveram na beira da praia, em casa de Tiziana e do professor Mário, grande mestre da Escola Nacional de Belas Artes.
TAÇA DE CHAMPANHE
Então tornou-se um costume as conversas regadas a uma taça de champagne, oferecida por Nina, em seu atelier em Saquarema, rodeado de quadros magníficos e ideias geniais. Fernando é um artista inquieto e desfiador. Pouco antes da pandemia, ele trouxe uma equipe de cinema a Saquarema, um município que considera sua segunda casa, para filmar na praia que tanto ama e filmou também um depoimento da amiga e jornalista Dulce Tupy em seu atelier. Então anunciou que estava finalizando um filme do também amigo e diretor de cinema Fernando Batista, da Noir Filmes. Com trilha sonora do músico Alexandre Lopes, o filme acaba de estreiar no Cinema Santa Tereza, em Belo Horizonte, na verdade um centro cultrural cinematográfico.
“Fernando Pacheco – Atelier em Movimento” é um documentário longa metragem, que trata do processo criativo, da trajetória e da obra artística de Fernando Pacheco, em seus diversos ateliers por esse mundo afora, principalmente em países da Ásia e Oceania, mas também em Saquarema-RJ, e sempre retornando ao seu atelier na Pampulha, em Belô. O filme foi feito ao longo de 10 anos, com alto investimento de produção, sobre as 5 décadas de contribuição de Fernando Pacheco à Cultura e Arte de Minas Gerais e do Brasil. A estréia foi no final de março, em sessão única, no tradicional Cine Santa Tereza em Belo Horizonte, com entrada gratuita e com todos os ingressos esgotados!
DOCUMENTÁRIO EM MOVIMENTO
O documentário conta com locações diversas, incluindo cidades importantes para a formação do artista. E traz depoimenros de personalidades do meio artístico, cultural, intelectual e literário, como os irmãos músicos do Clube da Esquina, amigos e parceiros de Milton Nascimento, Márcio e Lô Borges, o poeta, compositor e publicitário Murilo Antunes, o jornalista e crítico de arte Olivio Tavares de Araújo, o pintor e escultor Carlos Bracher, o pintor, gravador e profesor Décio Noviello, o também artista plástico Miguel Gontijo, o jornalista, editor escriltor e produtor cultural José Eduardo Gonçalves, o cidadão do mundo e poeta Tonico Mercador, e a escritora e editora do jornal O SAQUÁ, de Saquarema, Dulce Tupy.
Fernando Pacheco tem cinco livro publicados sobre a sua obra, praticamente esgotados, e 5 painéis em espaços públicos, como no Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte. Como artista plástico, sua trajetória passa pelos principais museus do país, tendo realizado 60 mostras individuais, incluineo na Academia Brasileira de Letras, convidado pelo escritor e amigo Carlos Heitor Cony. No exterior, expôs em museus e galerias na Argentina, Chile, Estados Unidos, Espanha, Alemanha, Nova Zelândia, Taiwan, China e Japão. E tem 3 livros de poesia: “Circuito Atelier/Depoimento”; “33.333-Conexões Bilaterais” e o último, “Fernando Pacheco – Poemas de Atelier”, lançado em 2020, com 34 poemas, e 34 lustrações do próprio autor.