Na na Praia de Itaúna nem tudo foi surfe. Um grupo de manifestantes do movimento “SOS Jaconé, Porto Não” aproveitou a ocasião e mobilizou esportistas, ambientalistas e público em geral, para assinar um abaixo-assinado contra a contrução de um porto de petróleo em Ponta Negra, no final da praia de Jaconé, no município de Maricá. Com grandes faixas, os ativistas conseguiram passar a mensagem do “Porto Não” neste momento em que o INEA (Instituto Estadual do Ambiente), da Secretaria Estadual do Ambiente, liberou a construção do empreendimento TPN (Terminais Ponta Negra) num território vocacionado para o turismo esportivo, ambiental e cultural, onde antigamente existia a chamada Praia do Sossego, hoje totalmente ameaçada, assim como a flora e a fauna da região.
Neste magnífico espaço da praia de Jaconé, próximo ao Costão de Ponta Negra, também se encontram os “beachrocks”, rochas de praia descritas pelo naturalista inglês Charles Darwin, pai da Teoria da Evolução, quando passou por alí em 1832, na célebre viagem pelo mundo que durou até 1836.
GEOPARQUE COSTÕES
E LAGUNAS
Além da importãnica cultural e geológica, o local está incluído ainda no Geoparque Costões e Lagunas, projeto da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com adesão de outras universidades e instituições, que já foi encaminhado à ONU (Organização das Nações Unidas) através da UNESCO, instituição educacional e cultural mundial, que dá o aval aos geoparques em todo o planeta.
Um porto de petróleo nesta localidade é um crime, um verdadeiro absurdo que não deveria se concretizar. Mas a força do dinheiro e das articulações políticas de Maricá poderão se sobrepor aos prejuízos ambientais que, sem dúvida, ficarão com Saquarema. A partir de agora a bela praia de Jaconé está sujeita aos grandes interesses da indústria portuária, num estado como o Rio de Janeiro, que já possui uma rede de portos e não necessita de mais um.
