Realizou-se na antiga Praia do Sossego, em Ponta Negra, ao lado do antigo terreno do Roberto Marinho, mais um protesto contra a instalação dos Terminais Ponta Negra (TPN) mais conhecidos como Porto de Jaconé. Durante o evento, que contou com o apoio da ONG Baía Viva e do Geoparque Costões e lagunas, o evento reuniu militantes da causa ambiental, em particular o combate ao Porto de Jaconé anunciado pelo governo de Maricá naqela área marinha, rica em biodiversidade, riquíssima geologicamente, pois tem vários aspectos importantes da geologia brasileira, incluindo os famosos “beachrocks” que são rochas de praia descritas pioneiramente pelo naturalista inglês Charles Darwin, quando passou por aqui, em 1832, aos 22 anos de idade.
Os ativistas do Movimento SOS Porto Não! consideram crime os impactos sociais, ambientais e culturais que o empreendimento naval vai provocar neste ambiente em Ponta Negra. É uma luta que já dura anos, além de processos movidos no Ministério Público Federal e Estadual que ainda não se encerraram. Agora, a espectativa é que a sociedade civil abra os olhos para os riscos que o Porto de Jaconé representa, trazendo para um local de grande vocação para o turismo ambiental, um porto e toda a sujeira que ele representa, não só como a poluição do mar, inevitável nesse tipo de empreendimento, com também drogas e prostituição. É preciso falar a verdade para as populações de Maricá e Saquarema, principais municípios afetados com a construção de um porto gigante numa paisagem paradisíaca. É um verdadeiro abuso do poder econômico.
O Jornal de Saquarema