Em sua crônica “A VIRTUDE DA PAZ”, que tem como subtítulo: “Só é possível terminar a guerra quando entendemos que a paz não é um resultado, mas uma escolha”, afirma GUSTAVO TANAKA (publicada na revista “Vida Simples”, nº 216 de 2020).
Ele explica aos leitores que “sempre quis ter paz porque vivia num conflito eterno. Tinha uma vida boa, sem grandes traumas e dificuldades, criado num lar de amor e cercado de pessoas que gostavam de mim. Mas vivia em guerra. O conflito estava dentro de mim.”
E continua: “Eu acreditava que a paz era um resultado. Uma consequência de algo extraordinário. De algum grande feito que fosse acabar com os conflitos. E, por isso, sempre coloquei a paz no futuro. Será que eu somente poderia sentir paz quando encontrasse a realização máxima? Será que somente encontraria paz quando todos os problemas do mundo estivessem resolvidos? É possível sentir paz se outras pessoas sofrem? Esses eram alguns dos meus questionamentos.”
E segue o referido autor: “Alguns anos atrás, tomei uma decisão que mudou o curso da minha vida. Decidi parar de brigar comigo mesmo. Decidi parar de lutar contra o que sinto. Decidi parar de ignorar minha intuição, parar de duvidar de mim mesmo e me permitir expressar o que sinto e falar o que acredito. Isso começou a mudar a ordem das coisas. Passei a gostar mais de quem era, e reduzi as críticas que fazia a mim mesmo.”
E continua GUSTAVO TANAKA: “A partir desse entendimento, percebi uma mudança em mim. Comecei a reclamar menos. Parei de contestar o que acontece, aceitando o que a vida me traz. E, curiosamente, tudo ficou mais tranquilo. É que a paz não foi um resultado ou consequência. Foi UMA ESCOLHA. EU ESCOLHI VIVER EM PAZ. Uma guerra não termina quando há um vencedor. Ela termina quando existe um acordo. Quando as duas partes decidem parar de brigar. Ou mesmo uma das partes, como naquele ditado “quando um não quer, dois não brigam.”
E conclui o citado autor: “Há uma batalha acontecendo dentro de cada um de nós. E a paz somente se estabelece no momento em que decidimos parar de brigar. Como todas as virtudes, a paz deve ser praticada e desenvolvida. O mundo está em guerra porque os seres humanos estão em guerra. O externo é reflexo do interno. Qual é a guerra que existe em você?”
E concluo, com sábios versos do compositor CLAUDIONOR CRUZ, em uma de suas belas e simples marchinhas de carnaval: “Você quer paz? / Mas paz assim não se faz!… / A paz se faz com o coração!… / E não com armas na mão!”… //
Parabéns, Gustavo Tanaka!
Parabéns, querido e saudoso Claudionor Cruz!
O Jornal de Saquarema