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Madonna, o show em Copacabanae a opinião de uma fã…

Cultura é Notícia - Beatriz Dutra

O show de MADONNA, de 4/05/2024, no Rio, em palco montado nas areias de Copacabana, segundo a RIOTUR atraiu 1,6 milhões de pessoas. Foi transmitido para várias partes do mundo. E para uma das suas fãs, “foi a melhor e mais importante coisa que já aconteceu no Rio de Janeiro”. Sobre isso, amei a crônica “Na grana com Madonna”, de WASHINGTON OLIVETTO, publicada em “O GLOBO”, de 20/05/2024, que, para um país de memória curta parece-nos indispensável conhecê-la, pelo menos, resumidamente.
“Nada contra essa moça(fâ) nem contra MADONNA – escreveu o cronista – que, além de competente cantora, compositora, atriz e dançarina, é uma brilhante profissional de marketing. Mas não há dúvida de que o Rio de Janeiro já viveu e continua vivendo momentos tão bons e tão importantes quanto o show da ex-Material Girl.

Vale qualquer jogo do Santos de Pelé contra o Botafogo de Mané Garrincha. Vale a foto da Leila Diniz grávida de biquini na Praia de Paquetá. Ou as palavras e palavrões da mesma Leila, na famosa entrevista cheia de asteriscos publicada pelo Pasquim. Valem as empadinhas de camarão do Salete, na Tijuca, do caranguejo, em Copacabana, ou o chope do Bracarense, no Leblon.

Como valem alguns dos grandes momentos do Canecão, em Botafogo: o Rei Roberto Carlos desfilando seu repertório repleto de “Emoções” e “Detalhes”, ou “Milton, Chico e Caetano juntos no histórico “Milton Buarque Veloso”.

Ainda no Rio de Janeiro do passado, presente e futuro, que tal a Feijoada do Amaral só para convidados nos sábados de carnaval do Hippopotamus? Ou os aplausos para o pôr do sol inventados pelo Carlos Leonam nos fins de tarde do Posto 9 no início dos anos 1970, e repetidos até hoje? Como é repetido até hoje o delicioso couvert do Satyricon.

Madonna é ótima, mas a Gal das Dunas da Gal também era ótima, assim como foram ótimas a Nara do apartamento de Copacabana, onde foi inventada a bossa-nova, e a Bethânia do show Opinião.
E o cronista lembra ainda dos afrescos do pintor e “mulatólogo” Di Cavalcanti no Teatro João Caetano, os traços do gênio Cândido Portinari nas paredes do Ministério da Educação e as primeiras exposições das cariocas Beatriz Milhazes e Adriana Varejão.

Faz parte do Rio de todos os tempos a dupla Antônio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes da Rua Nascimento e Silva, 107 e do botequim Garota de Ipanema, da ex-Montenegro, atual Vinícius”…
E mais… muito mais escreveu WASHINGTON OLIVETTO, lembrando inclusive Frank Sinatra cantando no Maracanã… Mas o espaço acabou e ele assim terminou: Neste Rio que tem de tudo, o tempo inteiro, do mais velho ao mais novo, MADONNA gerou muitos empregos, deixou milhões de lucro nos cofres municipais e ampliou a visibilidade mundial da cidade. Foi sem dúvida nenhuma, um excelente negócio. Com direito a um espetáculo grande e bonito em frente ao Copa. Onde também já fizeram grande e bonito os Rolling Stones e Jorge Ben Jor.”

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